Em finais de dezembro último, a H&M era notícia nos meios internacionais por estar à beira do pior Natal de sempre. As previsões confirmaram-se: a marca registou uma queda de 34% das receitas no último trimestre de 2017.
Mesmo assim, a têxtil sueca tem em vista, para este ano, a abertura de 390 lojas pelo mundo, sobretudo nos mercados emergentes, o que contrasta com o encerramento de 170 espaços nos "mercados maduros". O intuito é, segundo a Reuters, adaptar-se ao novo comércio, isto é, aproveitar os países onde o comércio online não está suficientemente desenvolvido para abrir novos estabelecimentos e, nos países desenvolvidos, trocar as vendas nas lojas pelas encomendas online.
Além disso, está também nos planos da marca um maior foco na linha de roupa low-cost, a Afound, descrita como "uma espécie de outlet". "Olá, somos a Afound! Vamos dar uma nova vida à moda. Percorremos o mundo à procura de pedras preciosas, selecionamos as nossas favoritas e reduzimos o preço. Alguns poderão chamar-nos outlet, mas outros poderão apelidar-nos de heróis do nosso tempo", lia-se no texto de apresentação da marca feito no Facebook.
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Atualmente, as ações da segunda maior marca de roupa do mundo estão aos níveis de 2008, em muito graças ao sucesso do e-commerce, que a marca não conseguiu acompanhar, e ainda crises de reputação como a polémica gerada em torno de uma camisola verde com capuz e a mensagem “Coolest monkey in the jungle” (o macaco mais fixe da selva), usada por um modelo infantil de raça negra.
Tudo isto leva os analistas a crer que há muito pouca margem de manobra para que a H&M consiga voltar aos bons velhos tempos.