O Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e fundos de pensões ligados ao Estado brasileiro deverão participar no aumento de capital da Oi, operadora brasileira em processo de fusão com a Portugal Telecom (PT).
O banco federal de investimento reuniu esta semana com os fundos de pensões Previ (funcionários do Banco do Brasil), da Petros (Petrobras) e Funcet (Caixa Econômico) para avaliar uma participação no aumento de capital de 14 mil milhões de reais da operadora previsto para abril, avançou o Folha de São Paulo.
A acontecer, a decisão representa uma mudança de posição dos fundos e banco público que, segundo o jornal brasileiro, estariam a equacionar uma redução da sua presença na empresa depois da fusão entre a Oi e a PT, pretendendo assim afastar críticas de excessiva estatização da operadora.
O investimento do BNDES e dos fundos não seria feito de forma direta, mas sim através do fundo de investimento estruturado pelo banco BTG Pactual, no valor de 2 mil milhões de reais, onde também participam os sócios privados da Oi, a LF Telecom (grupo Jeressatti) e a AG Telecom (da Andrade Gutierrez).
Leia também: Mais um passo na fusão PT/Oi com aumento de capital em abril
Os fundos de pensões do Estado poderão participar com uma fatia até 600 milhões de reais, enquanto a do BNDES poderá atingir os 700 milhões de reais, participando assim no aumento de capital ontem anunciado, diz o Folha de São Paulo.
Hoje, a Oi convocou os acionistas para uma assembleia geral a 27 de março para votarem o aumento de capital, bem como a avaliação de 1,9 mil milhões de euros dos ativos com que a PT vai participar na operação.
A operadora liderada por Zeinal Bava já acordou ainda com um sindicato bancário de 15 instituições financeiras, entre as quais está o BES e a Caixa Geral de Depósitos, a subscrição de um montante de 6 mil milhões de reais.