Operadores defendem alteração à lei para reduzir queixas no setor

Anacom revelou que queixas no setor das telecomunicações diminuiram 4% em 2023. Associação que representa Altice, NOS e Vodafone entende que "melhorar a lei e eliminar burocracia" permitiria baixar ainda mais as queixas dos consumidores, sobretudo no que se refere à reparação de falhas de rede.
Pedro Mota Soares, secretário-geral da Apritel. Foto: Gerardo Santos / Global Imagens
Pedro Mota Soares, secretário-geral da Apritel. Foto: Gerardo Santos / Global ImagensGerardo Santos / Global Imagens
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A Associação dos Operadores de Comunicações Eletrónicas (Apritel) defende alterações à lei das telecomunicações que permitam uma resolução mais rápida dos problemas que os consumidores se queixam, de acordo com uma nota enviada esta quinta-feira à redação. Alterando à lei, segundo a Apritel, o volume de reclamações no setor diminuiria ainda mais.

A Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) revelou esta quinta-feira que o número de reclamações no setor das comunicações caiu 2%, para 107,1 mil queixas, em 2023. No setor das telecomunicações, o número de queixas caiu 4%, para 69,8 mil.

Após a divulgação da estatística da Anacom, a Apritel veio defender que as reclamações no setor das telecomunicações atingiram o "nível mais baixo dos últimos sete anos". Em 2018, o regulador registava 104,2 reclamações no setor das comunicações (+3% face a 2017), das quais 81,2 mil visavam as telecomunicações (-4,5% face a 2017).

Pedro Mota Soares, secretário-geral da Apritel, citado na nota enviada, defende que a redução do número de queixas, em 2023, "é resultado direto dos esforços contínuos dos operadores em melhorar a qualidade dos serviços prestados, ao nível do melhor que se faz na Europa, e da clara orientação para a satisfação dos seus clientes".

Os dados da Anacom indicam que o assunto mais reclamado incidiu sobre a faturação de serviços (19,1%), sendo que o principal motivo para as reclamações dos consumidores foi a demora ou a reparação deficiente de falhas nos serviços (17%).

"Relativamente a um dos motivos de descontentamento relacionado com a reparação de falhas de redes, estes dados reforçam a importância de se melhorar a lei e eliminar a burocracia que torna difícil às operadoras agirem mais rapidamente na reposição dos serviços aos clientes", argumenta Pedro Mota Soares. 

Segundo o líder da Apritel, o tema "preocupa os operadores há já muitos anos", que já fizeram "inúmeras sugestões de melhoria apresentadas à Anacom e ao Governo, sem sucesso até ao momento".

"Esperamos que desta análise resulte uma reação por parte dessas entidades no sentido de permitir mais rápidas correções de falhas de serviço em benefício direto dos clientes”, conclui Pedro Mota Soares.

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