Para jogar Placard é necessário o NIF

Dá pelo nome de "Placard" e está disponível a partir de hoje na rede de cerca de 4800 mediadores dos jogos da Santa Casa. Mas antes de avançarem com as cruzinhas no "1X2" deste novo jogo de apostas desportivas, os apostadores devem pedir um "talão NIF", onde fica registado o seu número de identificação fiscal. Este talão é essencial para jogar e reclamar os prémios e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa não afasta o cenário de o estender a outros dos jogos sociais.
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A prevenção de eventuais riscos, a necessidade de contribuir para a luta contra o branqueamento de capitais e questões de segurança são os motivos que levaram a SCML a associar o talão NIF a este novo jogo. O anonimato do apostador está garantido, sublinhou Paes Afonso, vice-provedor da SCML e responsável pelo departamento dos jogos, admitindo que "se correr bem, esta exigência do NIF poderá ser alargada a ouros jogos". Este procedimento, referiu, reforça a segurança do apostador pois caso perca o talão da aposta ou seja assaltado não perderá direito reclamar o prémio.

Os alicerces legais do Placard foram conhecidos em abril, tendo o Governo decidido atribuir à SCML a exclusividade dos direitos de exploração dos jogos à cota territorial . A expectativa da SCML é que o Placard se torne nos próximos meses o terceiro jogo com maior volume de receitas, a seguir à "Raspadinha" e ao "euromilhões".

As receitas brutas deverão assim ascender a 250 milhões de euros, estimando-se que os resultados líquidos da exploração do jogo cheguem aos 50 milhões de euros. Para a SCML o Placard servirá também para modernizar a oferta de jogos e trazer novos apostadores.

Os responsáveis da Santa Casa rejeitam o cenário de que este novo jogo possa reduzir o interesse no "Totobola". Em França, onde esta modalidade que agora chega a Portugal foi lançada em 2003, registou-se o inverso, com o totobola francês a ganhar atenção renovada por parte dos apostadores.

Na apresentação do jogo, o ministro da Segurança Social, Pedro Mota Soares, acentuou o importante papel que os apostadores têm nas receitas da SCML, o que lhe permite concretizar os vários apoios aos mais necessitados em vertentes tão diversas como a acção social, educação ou saúde.

Neste contexto, Mota Soares salientou os 587 milhões de euros que as receitas dos jogos fizeram reverter para o Orçamento do Estado e que puderam ser canalizados para solidariedade a apoios sociais.

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