Passos Coelho: "Não podemos ter salário mínimo congelado eternamente"

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O aumento do salário mínimo nacional deve começar a ser discutido em sede de concertação social, defende o primeiro-ministro, mas sempre tendo em conta a situação económica de Portugal.

"Julgo que nesta altura em que a economia está a crescer e o desemprego

numa tendência de redução, é a altura certa para fazer esse debate. Nós não podemos ter o salário mínimo nacional congelado eternamente", disse Pedro Passos Coelho esta quarta-feira durante a conferência do 25º aniversário do "Diário Económico".

"Nós iremos, no seio da concertação social, analisar as políticas de rendimentos, condições de competitividade da economia e também o salário mínimo", sublinhou.

O primeiro-ministro recusou avançar com valores ou datas sobre o salário mínimo nacional. "É preciso fazer esta discussão. Estou convencido que temos condições

para fazer um bom entendimento com as forças sociais, empresariais e

sindicais, desse tópico".

Passos Coelho recordou durante a conferência a recente discussão pública sobre esta questão. "Claro que eu disse isto no final do ano passado, pelos vistos não teve grande impacto, mas voltei a dizer isto agora e teve mais impacto", começou por dizer.

"Então o que sucedeu a partir daí foi uma coisa alucinante. Primeiro, quem é que teve a ideia: começou logo nesse dia, não fosse o Governo apropriar-se da ideia. A seguir foi, quanto é que deve ser. Já iamos quase em 600 euros, a dizerem que é preciso compensar a inflação, os anos em que esteve congelado", acrescentou.

"Depois havia o problema da data. Uns começaram a dizer que era logo em junho, não era sequer para o segundo semestre. Acho que, objetivamente, não vale a pena por o carro à frente dos bois. É possível melhorar essas perspetivas no futuro sem por em causa o nosso equiíbrio externo", disse o primeiro-ministro.

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