O primeiro-ministro considerou hoje que a "incerteza relativa à conjuntura europeia voltou a aumentar" e que é difícil fazer previsões e determinar "o impacto que alguns acontecimentos possíveis poderão ter na economia portuguesa".
Pedro Passos Coelho fez este ponto da situação durante um encontro empresarial na Câmara de Comércio de Lima, no Peru, a propósito da quarta avaliação do cumprimento por parte de Portugal do Programa de Assistência Económica e Financeira.
Segundo o primeiro-ministro, ao fim de "um ano de trabalho", Portugal conseguiu "quatro avaliações muito positivas" que mudaram a imagem externa do país, mas devido à "volatilidade" da situação europeia "não é fácil fazer previsões ou determinar o impacto que alguns acontecimentos possíveis poderão ter sobre a economia portuguesa".
"Os nossos parceiros internacionais contam já com a determinação de Portugal em corrigir os erros e desequilíbrios do passado, em honrar os compromissos assumidos e em se preparar para uma nova era de prosperidade, de crescimento e de emprego", afirmou Passos Coelho, considerando que "nenhum destes bons resultados teria sido possível sem o empenho e a lucidez dos portugueses".
Em seguida, no entanto, o primeiro-ministro referiu que esta quarta avaliação feita pelo Fundo Monetário Internacional e pela União Europeia aconteceu "num momento em que a incerteza relativa à conjuntura europeia voltou a aumentar".
"Num período com tal volatilidade não é fácil fazer previsões ou determinar o impacto que alguns acontecimentos possíveis poderão ter sobre economia portuguesa", acrescentou.
Passos Coelho chegou a Lima na segunda-feira, acompanhado pelo presidente da AICEP, Pedro Reis, para uma visita de seis dias ao Peru, Brasil e Colômbia.
Hoje à noite, o primeiro-ministro vai viajar para o Rio de Janeiro, onde participará na conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável Rio+20, seguindo depois para Bogotá, onde ficará na sexta e no sábado, chegando a Lisboa no domingo.