O Pavilhão Atlântico vai passar a chamar-se Meo Arena. A mudança
de nome do espaço multiusos decorre do acordo da PT com os novos
donos do Pavilhão,a Arena Atlântico, para o name sponsoring do
espaço.
Fonte oficial da marca não revela o valor do investimento com
este patrocínio, nem durante quanto tempo o Meo irá dar o nome ao
espaço de eventos criado durante a Expo"98. Mas a presença da
marca estará visível desde o exterior do pavilhão (com sinalética
de rua), na decoração do edifício, bilheteiras, postes, as
bandeiras; bem como no interior (nas lonas laterais de palco, anéis
circundantes, decoração na régie de topo, sinalética das portas,
dos balcões de wellcome desk e dos biombos separadores).
O até aqui Pavilhão Atlântico junta-se assim a um lote de
eventos aos quais o Meo passou a dar nome, como foi o caso dos
festivais de verão, Meo Sudoeste, Meo Marés Vivas ou a rádio Meo
Sudoeste - eventos que até este ano era a TMN que dava nome. O Meo
já era o name sponsor do Meo Out Jazz, e do Meo Spot Summer
Sessions.
O Meo Arena vai estar presente no serviço de televisão por
subscrição da PT, com um Meo Kanal. Campanhas de comunicação,
fotografias dos diversos eventos que irão decorrer no espaço, ações
de ativação da marca Meo no local são alguns dos conteúdos que
irão estar disponíveis no canal, adianta fonte oficial da marca.
A transmissão de concertos não está prevista, embora a mesma
fonte não afaste a possibilidade de ser negociado com "caso a
caso" com os managers de cada artista, a possibilidade de chegar a
acordo para transmitir parte dos concertos.
Pavilhão mudou de dono
A ligação da PT ao espaço multiusos surge na sequência da sua
compra pela Arena Atlântico, consórcio formado pela Música do
Coração (do empresário Luís Montez), da Ritmos & Blues
(representante da Live Nation), pela equipa de gestão do Pavilhão
Atlântico, pelo fundo de capital de risco BES PME Capital Growth.
O Estado aprovou a venda em julho do ano passado por 21,2 milhões.
A proposta do consórcio foi escolhida por ter apresentado o valor
mais elevado das candidaturas que foram selecionadas pelo Executivo a
apresentar propostas vinculativas. O consórcio formado pela CIP, a
consultora Cunha Vaz & Associados, a Everything is New, de Álvaro
Covões, e a empresa Normex apresentou uma proposta de 18,5 milhões,
e a internacional AEG ofereceu 16,5 milhões de euros.
Contudo, a conclusão do negócio levou mais de oito meses a ser
finalizada com a Autoridade da Concorrência a decidir em fevereiro
pela investigação aprofundada da operação.
A luz verde do regulador só surgiu no início de março mas com
imposição de remédios. Entre as condições impostas, pode-se ler
na resolução da AdC, está a "eliminação de qualquer obrigação,
imposta aos clientes do Pavilhão Atlântico, de recurso aos serviços
de bilhética da empresa de ticketing do Pavilhão Atlântico
(Blueticket), eliminando-se, assim, a relação de exclusividade
existente até ao momento entre a Blueticket e o Pavilhão
Atlântico".