A Petrobras anunciou um acordo no valor de 2,95 mil milhões de dólares (2,45 mil milhões de euros) para encerrar uma ação coletiva na justiça norte-americana de investidores estrangeiros contra a petrolífera..Segundo o portal de notícias brasileiro G1, a companhia petrolífera brasileira propõe-se a pagar o valor àqueles que compraram ações da empresa no mercado imobiliário norte-americano..Numa nota divulgada esta quarta-feira na página da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a estatal brasileira indicou que "o acordo, que ainda será submetido à apreciação do juízo norte-americano, objetiva encerrar todas as demandas atualmente em curso e que poderiam vir a ser propostas por investidores em ações e bónus da Petrobras adquiridos nos Estados Unidos"..Segundo a empresa, "este acordo elimina o risco de um julgamento desfavorável que, conforme anteriormente reportado ao mercado no formulário anual arquivado na bolsa de valores brasileira e americana, poderia causar efeitos materiais adversos à companhia e à sua situação financeira" e "põe fim a incertezas, ónus e custos associados à continuidade dessa ação coletiva"..De acordo com o portal de notícias brasileiro, esta é uma ação em que investidores estrangeiros acusam a estatal brasileira de os enganar para comprarem ações da empresa enquanto era montado um esquema de corrupção que levaria a uma desvalorização dos papéis da companhia de petróleo brasileira..A ação na justiça norte-americana foi enviada no final de 2014, a partir das revelações feitas pela Operação Lava Jato, que investiga uma grande rede de corrupção no Brasil entre políticos e empresários, entre outros implicados, e que também envolve a Petrobras..A nota da estatal sublinhou ainda que o valor total do acordo será provisionado no balanço do quarto trimestre de 2017..O texto divulgado pela empresa destacou que o "acordo não constitui reconhecimento de culpa ou de prática de atos irregulares pela Petrobras"..A empresa disse ser "vítima dos atos revelados pela Operação Lava Jato, conforme reconhecido por autoridades brasileiras, inclusive o Supremo Tribunal Federal"..Para se defender de críticas à decisão de fazer um acordo, a empresa brasileira destacou que, além de evitar prejuízos maiores num julgamento, afirma que apenas 0,3% das "class action" (ações coletivas) chegam à fase de julgamento nos Estados Unidos, já que na maioria dos casos é feito um acordo.