Phunk Up. Novo ano, vida nova com expansão a caminho

Primeira marca portuguesa de Hard Seltzers quer conquistar liderança entre as marcas independentes de RTD, com teor de álcool nos 8% e novos sabores.
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Duarte Froes admite que nunca foi grande fã de cerveja nem adorava as chamadas bebidas brancas - "sofria bastante com a sensação da inchaço e não tinha grande fascínio por bebidas espirituosas, por terem muito álcool" - e isso foi determinante para se confrontar com uma escolha: acompanhar os amigos com suminhos ou encontrar uma solução à sua medida. E foi assim que começou a Phunk.

"Em 2017, eu fui estudar para Cornell, nos EUA, e foi nessa altura que descobri as hard seltzers (águas gaseificadas com álcool e sabores), que preenchiam tudo o que eu procurava numa bebida alcoólica: eram leves, frescas, tinham pouco álcool e sabiam a fruta", conta. Ficou de tal forma rendido que quando voltou para Portugal, em fevereiro de 2020, as procurou por toda a parte. Sem sucesso. "Não havia ninguém no mercado que oferecesse esta alternativa. E decidi nesse momento que iria ser a Phunk a dar a oportunidade ao consumidor português de ter uma bebida completamente diferente do que estava habituado."

Deitou mãos à obra e tratou de vida para criar uma bebida semelhante às que costumava beber nos Estados Unidos, mas aportuguesada. Um ano depois do lançamento, Duarte Froes faz já um balanço muito positivo dos resultados atingidos. "Inimaginável, aliás", vinca, explicando que houve enorme recetividade tanto por parte do consumidor final como por parte dos players do mercado tradicional, nomeadamente cadeias de retalho, que não hesitaram em disponibilizar este novo tipo de bebidas nos seus hipermercados.

Lançada em plena pandemia, a Phunk foi exclusivamente vendida online até julho. Mas a partir de agosto, com o verão e o desconfinamento a ajudar, a chegada ao retalho traduziu-se num boost gigante. "O canal que tem crescido mais nos últimos seis meses tem sido o retalho, já que os pontos de venda subiram consideravelmente de mês para mês, mas o canal online mantém a fidelização dos nossos consumidores mais próximos e é onde disponibilizamos produtos exclusivos como as Phunk Up", explica ainda Duarte Froes.

Inovadora, arrojada "e com muito Phunk", diz o fazedor, a marca acabou por adicionar valor a um "segmento mais abrangente das bebidas ready to drink, do qual as hard seltzers fazem parte". Apostando na comunicação direta, direcionada e focada para o consumidor - "tudo o que fazemos é com base no feedback das pessoas, apostamos muito na autenticidade em tudo o que fazemos e na capacidade de inovação a uma rapidez que poucas marcas conseguem ter" -, o fazedor conseguiu ser agora a primeira marca na Europa a lançar uma hard seltzer de 8%. Ainda antes, já somava seis lançamentos de produtos diferentes, uma atividade notável em apenas um ano de existência da marca.

Sem medos, Duarte acaba de se atirar a mais uma aventura: a entrada no mercado espanhol, com um investimento planeado de cerca de meio milhão de euros para a expansão em Portugal e Espanha. "Temos feito esta aposta apenas através do digital e temos tido uma muito boa aceitação, especialmente em Madrid e Barcelona", diz. "A Phunk conseguiu fechar um acordo com a Glovo, a dark store #1 em Espanha, que nos garantiu logo um lugar de destaque no mundo das hard seltzers e o plano passa por crescer no digital e expandir para a distribuição mais tradicional em 2022."

E que mais planos tem para este ano, que arrancou com o novo produto? "Os nossos consumidores podem estar preparados para estarmos constantemente a lançar novidades e a dar-lhes oportunidades de experimentarem produtos novos", garante Duarte, que assina as novas Phunk Up em versão Lima/Gengibre e Manga. "Neste ano, prevemos aumentar consideravelmente os pontos de venda, tanto no retalho como no on-trade, para que os consumidores possam ter a oportunidade de beber uma Phunk sempre que queiram. E queremos ascender à posição de primeira marca independente de RTD em Portugal."

A bebida que criou é feita em Portugal e as latas só não vêm de fábricas nacionais porque não há aqui quem as faça na versão de alumínio usada (vêm da Alemanha). E são vantagens, garante o fazedor, a quem a concorrência das multinacionais como Heineken ou Corona não assusta. "A concorrência é sempre boa, especialmente em categorias que estão no começo da sua atividade", diz Duarte Froes. "O facto de as multinacionais terem entrado na categoria das hard seltzers valida a existência do mercado e comprova que os consumidores querem bebidas como a nossa Phunk e como as suas concorrentes. Desde que a Phunk continue a acrescentar valor na categoria e continue a preencher o desejo dos consumidores, a concorrência é sempre bem-vinda porque vai certamente ajudar a explicar o conceito e a criar novos hábitos de consumo de que as hard seltzers podem beneficiar."

Haver mais marcas neste negócio têm ainda mais vantagens para o criador da Phunk, a começar pela possibilidade infinita de inovar que nasce do estímulo da concorrência. "Só a concorrência possibilita a inovação, o esforço extra e a necessidade de diferenciação", sublinha o fazedor.

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