Pires de Lima: Desemprego não se combate com empregos artificiais

António Pires de Lima acredita que Portugal "está a viver um tempo de esperança", factor que "nos distingue de outros países com que não queremos ser comparados". A encerrar a Grande Conferência Empresas na Caixa, da qual o Dinheiro Vivo, DN, TSF e JN são parceiros, o ministro falou na "importância de um momento de viragem", mas lembrou que é preciso investimento para que o desemprego possa baixar
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"O pior tempo em termos de financiamento está para trás, Portugal está a viver um tempo de esperança", afirmou António Pires de Lima, assumindo que o esforço das empresas, bem como a estabilidade governativa fizeram a diferença-

Portugal teve estabilidade governativa. "Um só governo, determinado, coeso e que permitiu que Portugal tivesse só um resgate", disse sem nunca enunciar o exemplo da Grécia, que já conta com dois resgates internacionais e já sinalizou a necessidade de um terceiro. .

"Mas também deve este tempo aos empresários. Portugal tem-se afirmado como um parceiro desta força empresarial, mas sem essa força empresarial as exportações não estariam a crescer; o investimento não estaria a iniciar um processo lento mas sólido de crescimento", referiu.

Como é que isso se está a a refletir na economia? "Portugal vai crescer no próximo ano, 1,5; 2; ou 2,5%", referiu, não esquecendo os níveis ainda elevados do desemprego.

"A forma de combater o desemprego não é criando empregos artificiais no Estado, emprego que não se justifica no Estado. É atrair capital, investimento gerador de emprego qualificado no Estado", adiantou. A referência acontece no dia em que abriram as candidaturas para a 3ª edição do programa de Estágios no Estado. São mais de 1400 vagas, no entanto, não estão previstas quaisquer contratações para estes jovens estagiários com formação superior.

O apelo vai, por isso, para a captação de investimento: "Os verdadeiros heróis são os empresários. Não são os políticos nem de esquerda nem de direita. O nosso papel tendo responsabilidade política é criar condilções para que a nossa nação seja vista como um país onde vale a pena investir".

António Pires de Lima lembrou ainda o seu trabalho "em empresas grandes", recordando que o acesso ao crédito foi limitado entre 2011 e 2012, "condições que agora estão muito mais abertas". "O capital que ganhamos não pode ser desperdiçado", adiantou o ministro, lembrando, no entanto, que "os produtos portugueses são bons e têm cada vez mais sucesso em Portugal" o que "não deve ser desperdiçado".

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