Vivemos uma era digital em que transações comerciais são realizadas em poucos minutos e a partir de qualquer lugar. A pandemia acelerou radicalmente esta evolução e trouxe para o meio digital novos consumidores e novos negócios. O comércio tradicional viu-se obrigado a acompanhar esta transformação e temos agora disponível no online uma oferta inquestionavelmente maior do que aquela que tínhamos há dois anos.
Num movimento natural, a publicidade tornou-se mais agressiva e omnipresente. Formou-se um ambiente ocasionalmente tóxico para o consumidor em que este, apesar de ter mais informação disponível, precisa de fazer opções mais imediatas por entre bombardeamentos de informação que complicam decisões esclarecidas e seguras.
É crucial que o consumidor continue a pensar as suas escolhas. Para muitas pessoas, a comparação de preços é essencial na sua experiência de compra e na gestão do seu rendimento disponível.
Práticas comuns, como comparar produtos equivalentes na prateleira do supermercado, ou visitar duas lojas no centro comercial, expandem-se para as plataformas digitais. As respostas imediatas que estas plataformas oferecem, abrangem toda a oferta disponível no mercado e facilitam o processo de decisão. A possibilidade de aceder a históricos de preços evidencia as flutuações de valores ao longo do tempo, identificam "falsas" promoções e também forçam estratégias de venda mais transparentes.
E uma compra informada vai para além do preço. Comparar detalhes, avaliações e vendedores dos produtos permite uma tomada de decisão mais eficaz.
Todos estes hábitos tradicionais são fundamentais no momento de comprar. Mais ainda em períodos de incerteza económica. Colocar nas mãos dos compradores ferramentas que reforcem estas práticas, empodera-os e capacita-os a realizar compras inteligentes e ponderadas numa época de domínio digital incontornável.
Paulo Pimenta, CEO da Kuanto Kusta