Portugal é o melhor país para trabalhar remotamente em 2022

A pandemia veio alterar por completo a forma como trabalhamos e encaramos o trabalho. Conheça o top10 dos melhores países para trabalhar remotamente.
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Portugal está em primeiro lugar na lista dos melhores países do mundo para viajar e trabalhar remotamente. A conclusão é de um estudo da momondo, motor de busca de viagens que compara preços de voos, hotéis e aluguer de carros, e tem por base fatores como o clima, a vida social, a baixa taxa de criminalidade e o custo de vida relativamente acessível.

A pandemia veio alterar por completo a forma como trabalhamos e encaramos o trabalho. E a verdade é que o trabalho remoto se tornou não só numa necessidade devido aos sucessivos confinamentos, como a opção preferida de muitos. Além disso, foram também vários os profissionais que aproveitaram esta grande alteração no mercado de trabalho para mudarem de país sem terem de mudar de emprego.

Assim, numa altura em que mais pessoas adotam ambientes de trabalho flexíveis e combinam lazer com o trabalho remoto, o motor de pesquisa de viagens momondo.pt revela os melhores países do mundo para trabalhar remotamente, com Portugal no topo da lista.

Para o elaborar, a momondo analisou 111 países e classificou-os com base em 22 fatores, em seis categorias: custo de viagens e acessibilidade; preços locais; saúde e segurança; condições de trabalho remoto; vida social; e clima. Com isto, encontrou os países onde é mais fácil conjugar o trabalho remoto com o lazer nas horas livres.

De acordo com o estudo, o top 10 dos melhores países para trabalhar remotamente são:

1. Portugal

2. Espanha

3. Roménia

4. Maurícia

5. Japão

6. Malta

7. Costa Rica

8. Panamá

9. República Checa

10. Alemanha

Com pontuações altas em todas as categorias, o Portugal foi considerado, como o melhor país do mundo para trabalhar remotamente. Tal deve-se também ao facto de o nosso país oferecer vistos para nómadas digitais e de ter muitos habitantes com um nível de inglês elevado. Estes fatores juntamente com os outros acima mencionados, fizeram com que o nosso país conseguisse uma pontuação final de 100.

Além disso, é importante ainda referir que em segundo lugar, com 93 pontos, encontra-se Espanha devido à velocidade da internet, aos vistos para freelancers e ainda ao elevado número de espaços de co-work. Também a vida noturna exuberante aberta à comunidade LGBTQ+ foi um fator decisivo.

No terceiro lugar, está a Roménia, essencialmente pelos preços atrativos em alugueres de longa duração e comida local.

A pensar naqueles que querem desempenhar a sua profissão de forma remota, o motor de busca desenvolveu também um mapa de fusos horários para ajudar utilizadores a perceber rapidamente a diferença horária entre o local do emprego e o país de destino - ideal para quem quer, por exemplo, evitar videochamadas às duas da manhã por trabalhar no estrangeiro.

A classificação por fuso horário tem em conta os fatores e categorias-chave do Índice de trabalho em viagem, mas apresenta-os de acordo com o país de origem dos utilizadores, para que países com o fuso horário mais próximo apareçam mais acima na lista de destinos. O mapa também fornece informações sobre as restrições de viagem e as taxas de vacinação mais recentes por país.

A revista Forbes já tinha colocado Portugal nos países atrativos para jovens de todas as regiões do mundo, lembrando que o país está a oferecer boas condições a quem queira mudar-se para aqui e trabalhar em áreas tecnológicas - para Portugal ou remotamente, para o resto do mundo.

"Vistos alargados" para freelancers e trabalhadores independentes são um dos atrativos com que Portugal acena aos nómadas digitais, a juntar a outros que já fazem deste cantinho um local bem apreciado por essa geração de profissionais: "A beleza natural do país, o tempo fantástico, o custo de vida baixo, uma atitude amiga de negócios e acesso facilitado ao resto da União Europeia." Motivos que levam a Forbes a escolher Portugal como "um dos três melhores países do mundo para viver e reformar-se".

Há até há quem defenda Portugal como o melhor e mais completo destino para os nómadas digitais. Mesmo porque tem uma aldeia digital dedicada a estes jovens profissionais internacionais, a Digital Nomads, na Madeira. Lagos, Lisboa, Porto, Ericeira e Coimbra são, por esta ordem, as cidades consideradas mais preparadas para receber nómadas digitais por Aisha Preece, fundadora do OutandBeyond, um site dedicado a ajudar jovens de todo o mundo a trabalhar e viajar pelo mundo inteiro.

Nove em cada dez trabalhadores prefere atualmente um modelo de trabalho flexível, de acordo com um estudo Work Reimagined Employee Survey da EY. O estudo revela que 90% dos funcionários querem ter uma palavra sobre onde e quando farão o seu trabalho e a maioria tem a expectativa de trabalhar de forma remota dois a três dias por semana. E mais: 54% consideram até a hipótese de se despedir caso tal não seja possível.

Este é um requisito procurado tanto por trabalhadores como por empregadores. Quem está à procura de um novo emprego espera flexibilidade no regime de trabalho e quem contrata procura candidatos com perfis adaptáveis à mudança.

Os trabalhadores valorizam cada vez mais a flexibilidade de horário e o trabalho remoto. Este cenário torna-se apelativo uma vez que permite a conciliação entre a vida profissional e a vida pessoal.

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