Este ano, há cinco escolas portuguesas de negócios entre as 55 que integram o ranking do Financial Times dedicado aos mestrados em Finanças. A listagem é liderada por cinco instituições francesas, depois de avaliadas em 17 indicadores, em várias dimensões.
No ranking global, a instituição portuguesa com melhor classificação é a Nova SBE, em 9.º lugar na Europa e em 11.º no mundo, tendo subido quatro posições na avaliação europeia e três na mundial. No entanto, no indicador da empregabilidade, destaca-se o ISEG, em 1.º lugar no mundo, por conseguir colocar a totalidade dos seus graduados em menos de 3 meses.
A Nova School of Business & Economics garante 99% na empregabilidade a 3 meses, com um salário estimado de 104 mil dólares anuais, numa subida de 15% face ao ano anterior, diz a instituição em comunicado.
A escola consta do "grupo de elite" do Top 10 dos "melhores mestrados" europeus em Finanças, evolução que leva Daniel Traça, dean da Nova SBE, a comentar: "Os resultados deste ranking são a prova de que a ambição da Nova SBE de se tornar numa escola Top 10 do ranking do Financial Times é possível. Esse foi o compromisso que assumimos com a sociedade portuguesa e estamos a cumpri-lo. A nossa aposta em crescer, em internacionalizar e em transformar para as competências do futuro está a gerar excelentes resultados".
Outra escola habitual no ranking é a Católica-Lisbon School of Business & Economics, a escola portuguesa com a segunda melhor classificação geral, ao ter subido seis posições e ficar em 17.º a nível mundial na oferta de mestrados em Finanças.
Na progressão salarial, os graduados da Católica viram aumentado o seu salário médio em 73% nos primeiros três anos, o que coloca a instituição no Top 4 a nível mundial nesta categoria. E está na 8.ª posição a nível mundial em termos de progressão de carreira, indica a escola em comunicado. Em relação à empregabilidade, 95% dos graduados "têm emprego até 3 meses após o final do programa".
Segundo Filipe Santos, dean da Católica-Lisbon, "é notável" a ascensão da escola nos rankings, "alcançando o topo da qualidade a nível mundial em apenas 4 anos". Continuaremos a nossa missão de receber os melhores alunos de Portugal e de toda a Europa para lhes proporcionar uma carreira em Finanças verdadeiramente internacional, com uma sólida formação analítica, ética, e com impacto positivo na sociedade", acrescentou.
Em termos remuneratórios, o ISEG-Lisbon School of Economics & Management, que na classificação geral estabeleceu-se na 34.ª posição, ficou no Top 15 mundial dos aumentos salariais, com uma subida na ordem dos 62%. Segundo a instituição, foi a "décima melhor relação custo-benefício, permitindo aos estudantes uma rápida recuperação do investimento académico".
Clara Raposo, dean do ISEG, atribui o desempenho alcançado "à enorme qualidade" dos programas, "mas também ao trabalho incansável para garantir" que atraem "os melhores alunos, em Portugal e no mundo", e que os preparam para "serem pioneiros (...) no comando da economia do futuro".
O ranking do Financial Times tem ainda mais duas instituições portuguesas: o ISCTE Business School, na 41.ª posição, quando na edição anterior estava na 51.ª, e a Faculdade de Economia da Universidade do Porto, cujo mestrado em Finanças entrou pela primeira vez na listagem, ocupando o 49.º lugar.
Em comunicado, a FEP destaca o facto de o curso em causa ter sido considerado o "sétimo melhor em todo o mundo em termos de retorno do investimento académico". Para o diretor da FEP, José Varejão, a presença da academia no ranking "é o resultado do trabalho que toda a escola tem vindo a fazer, em particular no domínio da internacionalização. Trata-se de mais um reconhecimento que nos estimula a trabalhar no sentido de continuar a proporcionar aos nossos estudantes uma sólida formação académica e a criar talento e impacto na sociedade".