Portuguesa Knokcare publica boas práticas em telemedicina com a OMS

Startup nascida no Porto destaca-se na rigorosa avaliação da Organização Mundial de Saúde que serve de base para as recomendações em telemedicina.
Portuguesa Knokcare publica boas práticas em telemedicina com a OMS
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Em cinco semanas com 78 reuniões técnicas e mais de 300 horas de trabalho, uma equipa de dez peritos da startup portuguesa knokcare reviu exaustivamente os seus processos e resultados em telemedicina, para poder responder com rigor aos critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS), que servem de base às recomendações para a telemedicina, tornando-se no primeiro player do mundo a publicar a sua avaliação.

Fundada no Porto em 2015 e com um investimento total que já superou os 15 milhões de euros, em rondas de financiamento, a knokcare digitaliza a jornada do paciente, desde a triagem remota ao acompanhamento pós-atendimento, com prescrição eletrónica, questionários clínicos e de experiência, num processo gerido através de uma aplicação que já realizou mais de um milhão de vídeo consultas, explica a start-up em comunicado.

“Quando a OMS lançou o desafio ao mundo médico com esta ferramenta, a knok propôs-se de imediato a aplicá-la: pelo histórico de altíssima qualidade e foco neste serviço, sabíamos que podíamos ser os primeiros do mundo a aplicá-la com sucesso”, explica ao Dinheiro Vivo José Bastos, CEO e fundador da knokcare. “Foi exatamente isso que conseguimos: nenhum outro player no Mundo publicou resultados desta ferramenta até à data de hoje.”

A iniciativa partiu da equipa de gestão, acrescenta José Bastos, que, ao saber da existência deste frameworkda OMS, lançou internamente o desafio à equipa, de ser avaliada em comparação com os melhores do mundo. “A cultura da knok é desafiarmo-nos permanentemente a melhorar, e um desafio destes é irresistível para nós.”

As regras da OMS são públicas e a pontuação em cada item obtém-se pela demonstração de boas práticas em dezenas de áreas agrupadas em três domínios: centralidade nas pessoas, eficácia clínica e segurança.Depois de 78 reuniões internas e duas apresentações à equipa da OMS, a Knok escreveu um white paper sobre as suas práticas de telemedicina – que brevemente será apresentado ao público, até com o propósito de ajudar outros operadores a melhorar o seu desempenho. O processo de escrita deste documento, para mais, elevou o nível interno de exigência da startup na busca de oportunidades de melhoria.

“Portugal tem um ecossistema de saúde muito digitalizado em comparação com a maioria dos países europeus, e é neste ecossistema que a knok emerge como líder destacado em experiência e tecnologia”, contextualiza o CEO. A knok faz mais de dois mil vídeo consultas por dia, só em Portugal, tanto para o setor público como para o privado. “Todos os anos o volume cresce para o dobro porque os resultados são excelentes. É esta experiência de sucesso com médicos e doentes em Portugal que a knok já está a levar para outros países, como o Reino Unido, França, Bélgica e Itália, onde tem também clientes ativos”, complementa José Bastos.

Atualmente, a tecnologia da Knok suporta a sua própria equipa clínica com mais de 600 médicos, dezenas de hospitais e clínicas privadas em Portugal e ainda as equipas que trabalham nos cuidados primários do sistema público, em Unidades de Saúde Familiares, explica a empresa. “A tecnologia é muito mais do que um ‘canal de vídeo’ e faz todo o acompanhamento das doenças, crónicas ou agudas, através de regras clínicas baseadas nos conhecimentos médicos mais avançados ou até em combinação com tecnologias de Inteligência Artificial especificamente desenvolvidas para este propósito”, acrescenta José Bastos. “A knok é quase ubíqua no sistema de saúde em Portugal: contando com todos os serviços que usam a nossa tecnologia, pelo menos um em cada três portugueses já utilizou a nossa tecnologia.”

A startup portuguesa foi reconhecido como a 12.ª empresa com maior crescimento em Portugal em 2024 pela Deloitte Fast 50. A sua performance valeu-lhe também a distinção como 18ª empresa de saúde de crescimento mais rápido em toda a Europa, segundo a Sifted.

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