Preço das casas dispara quase 10% no terceiro trimestre

Mercado dá sinais de recuperação. Número de casas vendidas aumentou 19,4%.
Foto: D.R.
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O preço das casas registou uma subida de 9,8% no terceiro trimestre deste ano, face ao mesmo período de 2023, divulgou esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). É o aumento mais expressivo observado desde o quatro trimestre de 2022. As habitações existentes apresentaram um aumento dos preços de 10,5% entre julho e setembro. Já o custo das casas novas subiu 8,1%.

A taxa de variação média anual do preço da habitação no país fixou-se em 8,1% no terceiro trimestre. No período em análise, as habitações existentes apresentaram uma taxa de variação de 8,7%, acima do crescimento registado nas habitações novas, que se fixou em 6,8%.

Esta subida de preços acompanhou a recuperação do mercado. Entre julho e setembro, foram vendidas 40 909 habitações, o que representa um aumento de 19,4% face a idêntico período do ano anterior. Do total das transações, 32 307 (79% do total) respeitaram a casas usadas, correspondendo a uma taxa de variação homóloga de 21,3%. Nas habitações novas, o aumento do número de transações foi 13%, perfazendo 8 602 unidades. 

O volume de transações ascendeu a 9,1 mil milhões de euros nos três meses de verão, o que representa um aumento homólogo de 28%. Do valor total, 6,5 mil milhões de euros respeitaram a vendas de habitações existentes, mais 30,7% face ao terceiro trimestre de 2023, e 2,6 mil milhões de euros a casas novas (aumento homólogo de 21,6%).

De acordo com os dados do INE, as famílias adquiriram 35 462 habitações, representando 86,7% do total das vendas. Este número de transações representa um aumento de 19,7% face ao trimestre homólogo e uma taxa de variação de 11% relativamente ao trimestre anterior. Em valor, as habitações vendidas a famílias totalizaram 7,7 mil milhões de euros, um aumento homólogo de 29%.

Estrangeiros compram menos

Os estrangeiros compraram 2 655 casas entre julho e setembro, menos 3,1% face ao mesmo período do ano anterior. Entre os compradores com domicílio fiscal na União Europeia registou-se um aumento homólogo do número de transações de 2%, para um total de 1 376 unidades. Na categoria Restantes Países, o número de vendas reduziu 8,1%, fixando-se em 1 279 operações.

No terceiro trimestre deste ano, a renda mediana dos 23 684 novos contratos de arrendamento em Portugal atingiu 8 euros por metro quadrado. Segundo o INE, este valor representa um crescimento homólogo de 10,7%, mas inferior ao observado no trimestre anterior (11,1%).

O número de novos contratos de arrendamento apresentou uma quebra homóloga de 5%. 

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