Prémio Sonae Educação é este ano de 150 mil euros

As escolas públicas poderão também candidatar-se a esta iniciativa que distingue projetos que contribuam para "melhorar o acesso e a qualidade" da educação em Portugal, mitigando "fatores de desigualdade ou exclusão"
João Günther Amaral na entrega dos prémios da primeira edição, em 2023
João Günther Amaral na entrega dos prémios da primeira edição, em 2023Direitos Reservados
Publicado a

Estão abertas as inscrições à segunda edição do Prémio Sonae Educação, uma iniaciativa que pretende " promover a inovação e a inclusão", distinguindo projetos que contribuam para "melhorar o acesso e a qualidade da educação" em Portugal, em todas as fases do ciclo de aprendizagem.

Este ano, o prémio será de 150 mil euros, um aumento de 50% face ao 100 mil da primeira edição, com o objetivo de "estimular o surgimento de mais iniciativas inovadoras" e de "reforçar o número de projetos apoiados", anunciou a Sonae em comunicado. E especifica que o objetivo é "premiar projetos que promovam abordagens educativas inovadoras e que, por via da educação, qualificação ou requalificação, contribuam para a mitigação de fatores de desigualdade ou exclusão, fomentando uma sociedade mais inclusiva, capacitada e resiliente". Na primeira edição foram registadas mais de 400 candidaturas. 

Outra novidade é que as escolas públicas passam, também, a poder concorrer, já que as candidaturas, que estão a decorrer até 30 de junho, a qualquer tipo de entidade, independentemente da sua natureza pública ou privada, cou ou sem fins lucrativos, "desde que focadas no impacto social da sua intervenção no âmbito da educação, qualificação ou requalificação". 

Cada escola pode submeter mais do que um projeto, mas só um será premiado por instituição. Os 150 mil euros serão divididos por três ou mais projetos. Isabel Alçada, professora e membro do Conselho Consultivo EDULOG (o grupo de reflexão dedicado à educação da Fundação Belmiro de Azevedo) , João Gonçalves, diretor-geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), Nuno Comando, Head of Incubation, Acceleration & Communications da Casa do Impacto da SCML, Rita Serra, Education Lead da Microsoft Portugal, e João Günther Amaral, administrador executivo da Sonae, são os elementos do júri.

Na primeira edição, o Prémio Sonae Educação distinguiu a plataforma digital que visa requalificar e relançar carreiras de profissionais em risco pela economia digital do NoCode Institute e o projeto que visa eliminar barreiras na comunicação linguística da EKUI, acrónimo para Equidade, Knowledge, Universalidade e Inclusão. "O objetivo é permitir que crianças, jovens e adultos, independentemente das respetivas necessidades especiais, possam universalmente compreender-se uns aos outros. Esta comunicação é concretizada através de uma metodologia de alfabetização e reabilitação inclusiva, que combina quatro formas de comunicação: a gráfica, o braille, a língua gestual e o alfabeto fonético", explica a Sonae.

“A Educação é o mais poderoso elevador social, fundamental para acelerar o desenvolvimento individual e da sociedade, e para combater as desigualdades. As mais de 400 candidaturas da primeira edição mostraram-nos que o Prémio Sonae Educação pode mesmo fazer a diferença no trabalho de organizações essenciais para a melhoria da qualidade do ensino no país. Por isso, nesta segunda edição, aumentámos o valor do prémio e abrimo-lo a todas as entidades, incluindo escolas públicas, reconhecendo a qualidade dos projetos e o seu potencial de impacto. Desta forma, esperamos continuar a reforçar o nosso contributo para a modernização dos modelos de ensino atuais e para o aumento da igualdade de oportunidades para todos”, refere, citado no comunicado, João Günther Amaral.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt