O presidente executivo da Renault e chairman da Nissan, Carlos Ghosn, foi detido esta segunda-feira, avança a agência Reuters, que cita a imprensa japonesa. Esta manhã a Nissan revelou que Ghosn ocultou rendimentos e fez um uso indevido de fundos da empresa, estando sob investigação interna há vários meses. Além do presidente, também Greg Kelly, diretor de representação da marca, está a ser acusado.
"A investigação concluiu que, ao longo de muitos anos, tanto Ghosn como Kelly declararam na Bolsa de Valores de Tóquio que as compensações monetárias que recebiam eram inferiores seu ao valor real", nota a Nissan em comunicado. O conselho de administração da fabricante automóvel japonesa vai propor o afastamento dos dois responsáveis.
Segundo a Reuters, a investigação a Ghosn e Kelly começou após uma denúncia. "No que diz respeito a Carlos Ghosn, foram descobertos muitos outros atos de má conduta, tais como o uso de ativos da empresa para benefício pessoal", acrescenta o comunicado da Nissan.
A agência de informação japonesa Kyodo, citada pela Bloomberg, está a avançar que Carlos Ghosn é suspeito de ter declarado cerca de 5 mil milhões de ienes – cerca de 38,5 milhões de euros – a menos nos últimos cinco anos.
As ações da Renault estão a afundar em torno de 12% na bolsa de Paris e as da Nissan - negociadas na praça germanica - já caíram quase 11%.
(Em atualização...)