Prestações das casas podem aumentar até 120 euros

Subida das taxas Euribor e revisão dos contratos de empréstimo para aquisição de habitação podem levar a aumentos entre 9% e 27%.
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O mês de setembro começa amanhã e com ele aproximam-se os aumentos das prestações das casas.

O Eco fez as contas, de acordo com a subida das taxas Euribor, e concluiu que os contratos que forem revistos em setembro vão registar agravamentos na prestação entre 9% e 27%. Ou seja mensalidade pode subir até 120 euros.

Quando em julho o Banco Central Europeu subiu as taxas de referência em 50 pontos, acabou por impactar na restante economia, taxa Euribor incluídas. Com a continuação do crescimento da inflação já se prevê que no próximo dia 8 - quando o conselho de governadores se reunir - que exista nova subida das taxas de referência.

E, conforme aumentam a taxas Euribor, também oscilam as prestações das casas. Ao contrário do que tem acontecido nos últimos anos, as Euribor ultrapassaram já valores acima de 1%, no que aos prazos a seis e 12 meses diz respeito.

Em Portugal são mais de 1,3 milhões os contratos da casa que têm taxa variável. O que corresponde a 93% do mercado e que vão ser impactados pelas oscilações das taxas Euribor.

Para saber o que poderá acontecer a partir de amanhã, o Eco dá o exemplo de m empréstimo de 150 mil euros a 30 anos, com um spread (margem comercial do banco) de 1%, se o empréstimo tem como indexante a Euribor a três meses: a prestação a pagar nos próximos três meses irá subir para quase 510 euros, mais de 43 euros (+9,3%) em relação à prestação paga desde junho; no caso da Euribor a seis meses: a prestação dos próximos seis meses irá subir para 541 euros, um aumento de cerca de 87 euros (+19%) em relação à prestação paga desde março e quanto à Euribor a 12 meses, a prestação do próximo ano (12 meses) vai chegar aos 571 euros, mais 122 euros (27,3%) em relação à prestação do último ano.

Aquele jornal sugere, ainda outras soluções para tentar reduzir o impacto que estes aumentos poderão trazer: amortizar, esticar o prazo, renegociar os seguros e outros produtos bancários, e transferir o crédito habitação. Passar o crédito para taxa fixa, também poderá ser outra opção, mas antes será necessário fazer contas e aferir os benefícios dessa mudança.

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