A companhia aérea British Airways disse hoje que está à espera que o Governo divulgue informações sobre a privatização da TAP, enquanto a Lufthansa e a Gol reafirmaram não ter interesse na operação.
"Estamos interessados em saber mais sobre o processo de privatização e aguardamos detalhes por parte do Governo português", disse à Lusa fonte oficial da British Airways, sem querer acrescentar mais informações.
Hoje, a imprensa portuguesa noticia que o grupo IAG, que junta a British Airways e a Iberia, está interessado na privatização da TAP e pretende manter o hub (centro de operações) da companhia aérea em Lisboa.
A Lusa também contactou outras companhias aéreas que têm sido apontadas como potenciais interessadas na compra da TAP.
Questionadas pela Lusa, a TAM e a GOL, as duas maiores transportadoras aéreas brasileiras, reafirmaram não ter interesse na privatização, tal como já tinha feito em setembro do ano passado.
"No momento atual, estamos a dedicar, integralmente, os nossos esforços à criação da LATAM Airlines Group, que resultará da fusão da TAM Linhas Aéreas e da LAN Airlines", disse à Lusa fonte oficial da TAM.
Da parte da Gol, fonte oficial recordou à Lusa que "a companhia já negou publicamente rumores sobre o seu interesse em investir na TAP".
A Lufthansa, outra das hipóteses que foi apontada na comunicação social como uma potencial compradora, também reiterou que não está interessada na companhia liderada por Fernando Pinto.
"O foco atual da Lufthansa está no seu crescimento orgânico e na integração das companhias aéreas recentemente adquiridas e, de momento, não está interessada na TAP", disse à Lusa fonte oficial da companhia.
A Lusa também contactou hoje a Avianca, a Qatar Airwairs e a Singapore Airlines, que até ao momento não responderam.
Em setembro, a Singapore Airlines disse à Lusa que "um investimento na TAP não está em discussão".
No início de março, o secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, disse que o caderno de encargos para a privatização da TAP iria a Conselho de Ministros durante o primeiro semestre.
O secretário de Estado disse ainda, na altura, que o Governo espera ter a operação de privatização da TAP concluída "no início do segundo semestre".
A rede da TAP cobre 75 destinos em 34 países.