O governo aprovou ontem a privatização dos CTT-Correios de Portugal, através de decreto-lei publicado em Diário da República. O executivo estipula que quem comprar as ações poderá ficar impedido de as vender durante um período de cinco anos. "As ações adquiridas no âmbito da venda direta de referência podem ser sujeitas ao regime da indisponibilidade por um período máximo de até cinco anos", pode ler-se no diploma que dá luz verde à concessão da empresa a privados..A privatização foi aprovada a 25 de julho e o documento vem agora estipular três formas de venda da concessionária postal. A primeira, através da venda direta de preferência "por negociação particular, a um ou mais investidores nacionais ou estrangeiros"; a segunda, através da oferta pública de venda no mercado que pode ser combinada com a venda direta institucional "a uma ou mais instituições financeiras"; a terceira, através da oferta pública de venda, estando reservadas até 5% das ações a trabalhadores..O executivo liderado por Pedro Passos Coelho deixa também em aberto a possibilidade de vir a impedir a alienação de partes do negócio dos CTT pelo comprador, ou seja, quem comprar vai ter de manter os serviços postais juntamente com a logística ou os serviços financeiros, por exemplo, num universo que inclui a CTT Expresso e a PayShop.. O negócio deverá ficar concluído até ao final do ano e várias entidades europeias e sul-americanas já mostraram interesse na companhia como os Correios do Brasil ou os Correios da Colômbia. A privatização vai ser assessorada pelo JP Morgan e Caixa BI.