Nuno Rebelo, da Continental Pneus, e Bruno Oliveira, da Ford Trucks, foram os primeiros convidados do webinar que vai analisar de que forma as empresas nacionais estão a recuperar da crise provocada pela pandemia..A pandemia acertou em cheio na economia nacional - e mundial - e continua a fazer um grande número de vítimas, muito além das diretamente afetadas pela crise sanitária. Também ao nível económico há cada vez mais estragos a registar. E mesmo áreas saudáveis, como o setor dos serviços de mobilidade e transporte automóvel, tiveram de adaptar-se a uma nova realidade. Como o têm feito é o que formos procurar saber. No primeiro Dinheiro Vivo Talks, procurámos medir o pulso a duas empresas que têm enfrentado a crise da covid-19 com grande dinamismo, no setor automóvel..No primeiro de uma série de webinars que agora arrancam e que pode seguir em dinheirovivo.pt, Nuno Rebelo, diretor de Marketing da Continental Pneus Portugal, explicou que a empresa despertou muito cedo para a crise. O primeiro passo foi identificar os principais “focos de risco”..Fundamental foi “não perder a proximidade com os clientes”, explica o responsável, que revelou que muitas casas de pneus, nomeadamente da rede ContiService, não chegaram a parar. “Não podiam deixar de apoiar os setores de emergência.” Nuno Rebelo explicou ainda a importância da campanha Pode contar connosco, lançada dia 1 de junho - ação que adota um selo com a bandeira nacional e aponta diretamente a redes sociais e plataformas digitais para vincar laços com clientes e parceiros..Começar do zero .Bruno Oliveira, CEO da Ford Trucks Portugal, recordou as dificuldades sentidas na criação da empresa, do zero, num contexto adverso como o atual. Segundo explicou, o nosso país foi a porta de entrada da Ford Trucks na Europa, em outubro e apesar de metade da existência da empresa ser acompanhada pela pandemia, os resultados têm sido bastante positivos..“Costumo dizer que se sobrevivermos a isto sobreviveremos a tudo.” Há 30 anos que não entrava no mercado uma marca de pesados. E a estratégia, como adiantou Bruno Oliveira, teria de marcar a diferença. “Antes de vender um veículo, temos de vender confiança.” Ou seja, durante a crise que acompanhou quase todo o percurso da Ford Trucks em Portugal, a empresa fez questão de acompanhar os clientes, prestando-lhes o apoio necessário. A resposta foi entusiasmante, demonstrando que os empresários do setor dos transportes têm tido grande “coragem” no investimento das frotas..“Da parte das empresas, há receio, mas elas estão disponíveis para continuar a investir. Acreditam nos projetos e que a crise não será eterna. Onde temos sentido dificuldades é na banca”, lamenta. Tratando-se de pesados, o valor médio de aquisição situa-se acima de 100 mil euros, pelo que todas as operações têm de ser financiadas. “E toda a banca, neste momento, está muito receosa”, acrescenta.