Quando as empresas são aliadas da academia

Já são mais de 20 empresas no Clube da Católica Porto Business School, onde pontuam alguns dos maiores conglomerados sediados no Norte.
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Está a fazer três anos o Clube de Empresas da Católica Porto Business School, organismo associado ao MBA Executivo cujo programa foi restruturado em 2018 para o poder acomodar. Dele já fazem parte mais de 20 empresas, onde impera a diversidade, mas a maior parte são grandes grupos sediados no Norte, com atividade nacional e internacional.

Como o MBA tem a duração de dois anos, ainda não é possível quantificar a empregabilidade dos primeiros alunos da nova versão do programa, mas Rui Soucasaux Sousa, dean da instituição, acredita que, "pelo conhecimento estabelecido entre estudantes e empresas, pode haver uma integração facilitada no mercado trabalho".

O MBA está organizado em três grandes blocos, todos focados no negócio: um dedicado à criação, outro ao crescimento e um terceiro à sua sustentabilidade. E o clube está organizado de forma a incluir empresas que atravessam os três estágios.

Segundo Rui Soucasaux Sousa, os alunos do MBA fazem trabalhos com estas empresas de acordo com as disciplinas: quando se trata de criar um negócio, o aluno estuda uma startup, no âmbito da disciplina de Marketing. Já na cadeira de Gestão de Operações, o estudante é convidado a acompanhar uma empresa em fase de crescimento. A parte de Controlo de Gestão proporciona o contacto com uma empresa já num estado avançado de existência, para se poder abordar a questão da sustentabilidade do negócio.

"Há um paralelismo entre os estudos curriculares e o tipo de empresa a incluir no clube. Procuramos empresas de tamanhos diferentes e de diversos setores."

Um caso de excelência
Um dos membros mais recentes do Clube é o El Corte Inglés, que aderiu pouco depois da Porsche - empresa que patrocina a sala onde decorrem as aulas do MBA. As duas empresas juntaram-se a outras como a Amorim, a Sonae, a Sogrape, o The Yeatman, o Super Bock Group, a Ramirez ou a EDP.

"A nossa missão é ensinar, mas também investigar e pretender que a nossa ação tenha impacto na sociedade", justifica Rui Soucasaux Sousa. Por esse motivo, "as empresas aderem mediante um protocolo de colaboração, mas a ligação com os alunos do MBA não se limita a uma relação académica. Os alunos têm a oportunidade de contactar com os diretores de capital humano, de marketing e do departamento financeiro, com a vantagem de, em várias destas empresas, os gestores que estão no topo serem ex-alunos da Católica".

Além disso, assinala outra vertente: "O objetivo da escola é fomentar a relação do aluno com o mundo empresarial, num ecossistema de cooperação, a ponto de nos sentirmos parte integrante das unidades de inovação das empresas, numa lógica de inovação aberta, isto é, não confinada apenas aos grupos de investigação e desenvolvimento das empresas. A ideia é aproveitar um conjunto de fontes de conhecimento que estão fora da empresa".

A Católica Porto Business School tem uma tripla acreditação internacional (só há três instituições com igual distinção do género em Portugal) e "as entidades que lhe têm atribuído as certificações têm reconhecido o Clube de Empresas como um caso de excelência".

Por esse motivo, Rui Soucasaux Sousa conta que a apresentação do Clube irá marcar pontos na conferência que a Católica irá acolher no Porto, em março do próximo ano, promovida pela Fundação Europeia para o Desenvolvimento da Gestão (instituição que administra uma das certificações, a Equis), tendo em conta que o evento abordará "aspetos relacionados com um MBA de excelência numa escola de gestão".

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