Quanto valeria Pelé hoje?

Há uma semana falámos neste espaço sobre o preço de Mbappé, de Haaland, de Enzo... e o valor do Rei no futebol atual? Spoiler: superior à concorrência
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Em 1961, auge da carreira, Pelé ganhava dois milhões de cruzeiros, o equivalente, hoje, a cerca de 70 mil reais, isto é, a 12 500 euros, salário de um jogador de quarta, quinta, sexta linha - digamos, por outras palavras, que o Rei do Futebol, falecido a dia 29 de dezembro, ganharia o ordenado de um bom massagista atual.

O valor do seu passe, entretanto, é mais difícil de calcular, até porque Edson Arantes do Nascimento só trocou o Santos pelo Cosmos, de Nova Iorque, à beira da reforma, sem nunca ter sido, de facto, transferido. Mas houve quem fizesse contas.

Para avaliar craques antigos aos preços modernos, o Betway Insider colocou estatísticas, como golos no caso dos atacantes ou balizas invioladas no caso de defesas e guarda-redes, na equação. E Bolas de Ouro: cada uma, aumentaria em 36,6% o valor de uma eventual transferência de Pelé e outros exemplos, partindo de dados do site especializado Tranfermarkt.

Tudo embrulhado, concluíram que o craque norte-irlandês George Best, problemático mas brilhante, seria avaliado em 171 milhões, algures entre os valores de Kylian Mbappé, 180 milhões, e de Erling Haaland, 160. O holandês Johan Cruyff, que revolucionou o futebol dentro e à beira do campo? Muito mais caro: 264 milhões. E a máquina de golos húngara Ferenc Puskás? Mais ainda: 283 milhões.

E Pelé, afinal? Segundo a Betway, o Manchester City, o Paris Saint-Germain ou o Real Madrid que o desejassem hoje teriam de investir 384 milhões - qualquer coisa como um Mbappé e um Haaland juntos e ainda sobrariam uns trocos para comprar um, por exemplo, genial massagista.

Segundo estudo da Forbes, entretanto, o Atleta do Século XX poderia, se jogasse por estes dias, levar para casa um salário em redor de 209 milhões de euros ao ano - e a mesma revista calculou que Mbappé tenha ganho em 2021 cerca de 128 milhões. "Ele bateria recordes em campo e seria mediático, como já era no seu tempo", previu o gestor de marketing desportivo Amir Somoggi. "E com os contratos vitalícios das marcas, as quotas de patrocínio, os direitos de imagem e os bónus por desempenho, superaria facilmente o Messi", completou o académico Duílio Fabbri. O Rei!

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