A bolsa de Lisboa encerrou a sessão de hoje em terreno negativo, a contrariar os ganhos registados pelas principais praças europeias, pressionada pelos títulos do sector financeiro. . Na Europa, as principais praças terminaram com subidas que oscilaram entre os 0,9% do índice alemão e os 0,4% da bolsa espanhola, tal como no outro lado do Atlântico em que as praças norte-americanas seguem igualmente em terreno positivo. . A animar os mercados acionistas esteve a divulgação de indicadores económicos favoráveis, como o crescimento das exportações e das importações chinesas, o que fez aliviar os receios de abrandamento da segunda maior economia mundial, bem como a apresentação de resultados empresariais que ficam acima do esperado pelos analistas. . "Dados relativos à produção industrial na Alemanha, e ao comércio externo na China foram mais fortes que o esperado. Parece-nos interessante continuar a acompanhar a evolução de algumas matérias-primas (nomeadamente o cobre) para se aferir uma possível estabilização do desempenho económico global", afirmou Ricardo Almeida. . O portfolio manager da Patris Gestão de Activos salientou que "nos Estados Unidos, novos máximos para o S&P 500 e para o Dow Jones Industrials, com nova rotação de sectores defensivos para o sector tecnológico e para o sector financeiro". . O PSI 20 terminou a desvalorizar 1,42% para os 6.266,33 pontos, com 8 cotadas no vermelho, 10 em alta e duas inalteradas. . "Bolsa nacional em total contraciclo com o resto da Europa, acabando por não beneficiar da continuação da queda dos 'yields' da dívida soberana em mercado secundário", sublinhou Ricardo Almeida. . A penalizar o índice nacional estiveram as ações da banca, sobretudo o BES que afundou 10,6%, depois da instituição ter surpreendido ontem o mercado ao anunciar que fechou o primeiro trimestre com prejuízos de 62 milhões de euros, seguido pelo BCP que perdeu 5,5%, e pelo BPI que caiu 1,6%. . O portfolio manager da Patris Gestão de Activos acrescenta ainda a "queda violenta do BES após divulgação de resultados do primeiro trimestre. A queda substancial da margem financeira associada à desalavancagem do balanço e a um ambiente de baixas taxas de juro acabou por provocar uma perda liquida no período em análise. BCP acabou por quebrar também depois do início da tarde". . Já a impedir uma queda maior da praça lisboeta estiveram os títulos da EDP, que ganharam 0,7% na véspera da eléctrica revelar as suas contas trimestrais, acompanhados pelos da Galp Energia que subiram 0,6%.