Queda na oferta faz disparar rendas de quartos

Lisboa continua a ser a zona mais cara com os preços médios a rondar os 420 euros. Porto registou a maior subida: os valores aumentaram 20% para 350 euros.
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A pouco mais de um mês do arranque do ano letivo, os estudantes que entraram no Ensino Superior longe de casa vão ter de começar a sondar o mercado de arrendamento de quartos, caso não consigam ou não queiram um lugar numa residência universitária. E o cenário não é animador. Com a oferta de quartos a cair 44% no último ano, os preços dispararam nas maiores cidades do país. Porto registou a maior subida: 20% para 350 euros por mês, em média. Seguem-se Aveiro, onde o valores cresceram 19,8% para 300 euros, e Lisboa, com um aumento de 18,1% para 420 euros, segundo o relatório anual da Idealista sobre o mercado de arrendamento de quartos em oito cidades do país (Aveiro, Braga, Coimbra, Faro, Leiria, Lisboa, Porto e Setúbal), divulgado esta quarta-feira.

Analisando a oferta de quartos por cidades, verifica-se que a descida do "stock" foi bastante acentuada, sendo na sua maioria superior a 60%, de acordo com o marketplace imobiliário de Portugal. "Foi no Porto (-84%) onde mais se verificou essa redução, seguido por Lisboa (-77%), Leiria (-71%), Aveiro (-69%), Setúbal (-69%), Faro (-67%), Braga (-67%) e Coimbra (-39%). Das cidades analisadas, nenhuma apresentou uma subida da oferta no último ano", refere o mesmo relatório.

"A descida da oferta de quartos provocou um aumento nos preços em quase todas das cidades analisadas, com a exceção de Faro e Braga onde desceram 1,9% e 1%, respetivamente", ressalva a Idealista.

Sem surpresas, Lisboa continua a ser a cidade com os quartos mais caros em Portugal, onde os preços rondam, em média, os 420 euros mensais. Logo a seguir vem Porto (350 euros por mês), Aveiro (300 euros por mês), Setúbal (300 euros por mês) e Faro (300 euros por mês). Por outro lado, das cidades analisadas, as mais económicas são Coimbra (220 euros por mês), Leiria (230 euros por mês) e Braga (260 euros por mês).

Os dados publicados neste relatório revelam que o arrendamento de quartos não é só para estudantes, sendo também uma opção para jovens nos seus primeiros anos no mercado de trabalho, situação que, por vezes, se prolonga por mais tempo. "A atual realidade do mercado de arrendamento português nas grandes cidades faz com que seja complexo para muitas pessoas solteiras ou separadas suportar o custo de uma casa, tornando o arrendamento de um quarto a opção mais vantajosa", constata a Idealista. "Por outro lado, partilhar casa continua a ser um estímulo para muitos jovens com vontade de serem independentes e de saírem da casa dos pais, uma tendência que deverá aumentar nos próximos anos", conclui o relatório.

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