Quem é o brasileiro mais rico?

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Todos os anos, o Brasil aparece como ator secundário – mas com um papel razoável – na lista de multimilionários da Forbes. Desta vez, o quinto maior e mais populoso país do mundo é o sétimo mais citado na lista de 2781 pessoas, 141 acima da de 2023, com fortunas além dos mil milhões de dólares na conta: são 69 brasileiros muito, mas muito, ricos.

No topo da lista geral, como se sabe, está, pelo segundo ano seguido, um francês, Bernard Arnault, 74 anos, CEO da LVMH, o conglomerado de luxo que inclui marcas como Louis Vuitton, Christian Dior e outras, com 233 mil milhões de dólares.

Seguem-no, como de costume, além de investidores, como Warren Buffett, ou de magnatas, como o indiano Mukesh Ambani, patrão da Reliance Industries, gigante da área do gás, petróleo, energia e muito mais, os donos das big techs, como Musk, Bezos, Ellison, Gates, Ballmer, Page ou Mark Zuckerberg, “avaliado” em 177 mil milhões de dólares.

E o chefe da Meta, apesar de quarto da lista, aparece em último no parágrafo anterior só para fazer a ponte com o mais rico dos brasileiros, o empreendedor e investidor-anjo Eduardo Saverin, 42 anos, cofundador do Facebook ao lado do colega de Harvard e amigo. Ou ex-amigo, talvez.

Saverin, que em A Rede Social, filme de 2010 de David Fincher, é interpretado pelo popular ator Andrew Garfield, foi afastado por Zuckerberg da empresa, então gerida a quatro mãos, mas conseguiu um acordo extrajudicial, cujos valores não foram revelados, com o hoje CEO da Meta que lhe permite, além do cash encaixado, ostentar aquele título: “cofundador do Facebook”.

Paulistano de origem judia, foi morar para os EUA aos 11, com os pais, um empresário de sucesso e uma psicóloga, mas hoje vive em Singapura e gere 28 mil milhões de dólares.

Ele encabeça uma lista de brasileiros mais ricos em que os donos de big techs da lista geral são substituídos, essencialmente, por banqueiros, como a segunda da tabela, Vicky Safra, viúva de Joseph Safra, fundador do banco com o seu nome, e o sexto, o sétimo e oitavo classificados.

Nos demais lugares do top ten, grandes empresários como Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Sicupira, os patrões da AB InBev e 3G, ou seja, os donos de boa parte das cervejas do mundo e da Burger King e da Heinz Ketchup e de mais algumas marcas de topo.

Destaque, finalmente, para a mais jovem da lista global de 2781 billionaires: a brasileira Livia Voigt, estudante de psicologia de 19 anos, é neta de Werner Voigt, o falecido cofundador da Weg, fabricante de motores e de outros equipamentos elétricos do estado meridional de Santa Catarina.

Com uma fortuna de 1,1 mil milhões de dólares, ela é tão nova, tão nova que nasceu no mesmo ano da fundação do Facebook.

João Almeida Moreira, jornalista em São Paulo, Brasil

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