Estava previsto acontecer ao final do dia de ontem, mas a agência de notação financeira Moody’s optou por não emitir qualquer opinião sobre o rating da Portugal. A expectativa dos analistas ouvidos durante a semana pelo Dinheiro Vivo era exatamente esta: ou que a Moody's não falasse ou, se o fizesse, optasse por manter o rating inalterado.
Embora estivesse agendada para 2 de setembro, as datas de apresentações de relatórios são meramente indicativas e não é obrigatório que exista esse comentário sobre a notação de Portugal. A única regra a que as agências estão obrigadas é que sejam feitos à sexta-feira, depois do fecho das bolsas.
Há duas semanas, a Fitch manteve o rating português no nível BB+ com perspetiva estável, mas com recados: a pressão sobre o setor financeiro pode levar à revisão em baixa. A próxima revisão será da S&P a 16 de setembro. Segue-se a canadiana DBRS a 21 de outubro, a única que mantém Portugal acima do nível de "lixo".
Do lado da Moody's, Portugal mantém-se em Ba1, o primeiro nível de "lixo", classificação que se mantém inalterada desde o verão de 2014, quando a agência de notação financeira elevou o rating de Ba2 para Ba1.