No Via Outlets, reagir foi a palavra de ordem. Estava-se num momento em que ninguém estava preparado - e em que as mudanças à legislação eram quase diárias - e cada centro comercial teve de encontrar as soluções mais adequadas, comenta Catarina Tomaz.
No Ikea, a opção de fechar logo, tornando as lojas postos de recolha das encomendas online, foi “uma escola e tivemos de atuar de forma muito ágil, algo que nos orgulha imenso enquanto organização porque deixámos de fazer parte de um departamento e tornámo-nos uma Ikea como nunca”, confessa
Helena Gouveia, frisando a necessidade de assegurar “todos os recursos necessários para garantir que o online funcionasse a grande velocidade” e desse resposta ao que o consumidor comunicava através do site, um indicador precioso do que estava a mudar nos lares no confinamento, uma oportunidade estratégica para o comércio online, que cresceu acima do esperado. O content marketing foi também uma aposta grande, com conteúdos revistos para o confinamento.
Para o Via Outlets, que já há algum tempo estuda a “transformação dos canais, estas reflexões foram aceleradas por estas fases que vivemos. O mundo evoluiu dez anos em três ou quatro meses”. A preocupação a curto prazo foi investir nos conteúdos, transformando-os em algo mais relevante para quem nos acompanha” para dar algo às pessoas que por um lado as entretivesse mas que também fosse útil, como aulas de cozinha e dicas para estar em casa, recorrendo às marcas dos centros e mantendo a presença na sua vida.
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O exemplo de content marketing do Via Outlets “é um vídeo muito emocional também a nível interno porque mostra todo o detalhe que nós pusemos nisto, o nosso coração nestas reaberturas, onde obviamente a questão da segurança é essencial. Queríamos que as pessoas pudessem regressar, que confiassem em nós mas que ao mesmo tempo se sentissem bem”, explica Catarina Tomaz, adiantando que os sites dos espaços Via Outlets têm informação em tempo real sobre a respetiva lotação precisamente com este objetivo.
A casa é o espaço das emoções e dos afetos, independentemente das boas ou más notícias. É o sítio para onde nos refugiamos e de facto a casa vai ser sempre o nosso espaço. É a mensagem que fica do “Não há casa como a nossa”, o anúncio da Ikea para os tempos de confinamento, que teve um nível de interação acima da média.