Reino Unido pede ao Irão para pressionar aliados Huthis a cessarem ações
O ministro da Defesa britânico pediu ao Irão para usar a sua influência e pressionar os aliados Huthis a cessar as ações, depois de os Estados Unidos e Reino Unido bombardearem milícias para impedir ataques contra navios no Mar Vermelho.
Em declarações ao jornal Daily Telegraph, publicadas hoje, Grant Shapps considerou que o Irão tem um papel importante a desempenhar na redução das tensões no Médio Oriente.
O ministro sublinhou que Teerão pode travar as ações dos huthis , assim como influenciar outros grupos sob a sua influência, como o Hezbollah ou alguns no Iraque e na Síria.
"[O Irão] tem de fazer com que estas diferentes organizações parem porque o mundo está a ficar sem paciência", afirmou.
"Estamos a ver o que estão a fazer. Vemos como estão a fazer, particularmente os rebeldes Huthis, e nada de bom pode resultar disso", afirmou Shapps, quando questionado sobre qual era a sua mensagem ao regime de Teerão.
Na quinta-feira à noite, o Reino Unido e os Estados Unidos da América (EUA) bombardearam instalações militares utilizadas pelos Huthis no Iémen em resposta aos ataques a navios no Mar Vermelho.
Os Huthis, que apoiam o Hamas, afirmam que estão a atacar navios com ligações a Israel em retaliação à sua intervenção na Faixa de Gaza e, depois dos bombardeamentos de quinta-feira, ameaçaram retaliar contra os interesses britânicos e norte-americanos.
O Governo britânico insistiu que as ações militares contra os Huthis foram em própria defesa e para garantir a segurança do transporte marítimo comercial.
Nas últimas semanas, muitas empresas de navios optaram por não passar pelo Mar Vermelho - um ponto vital para o comércio entre a Ásia e a Europa - devido aos ataques dos Huthis.
Várias empresas de transporte marítimo decidiram chegar à Europa através do extremo sul do continente africano, que representa um custo adicional, assim como mais 10 dias de navegação.