"Na Europa, estamos a considerar as interligações no mercado da eletricidade. Apesar de ser um mercado mais difícil de aceder, pode haver oportunidades pontuais, embora ainda não haja nada em concreto", indicou o responsável financeiro da REN, Gonçalo Morais Soares, em declarações aos jornalistas à margem do Dia do Investidor da empresa, realizado esta sexta-feira em Lisboa.
O Velho Continente é mesmo a maior novidade na atualização do plano de investimento até 2018. Uma região em que a REN está disponível a aceitar ter uma posição "maioritária ou minoritária", como indica o documento publicado junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A empresa indicou um montante de investimento de até 900 milhões de euros lá fora. Embora "não implique que todo este valor seja efetivamente utilizado", referiu o responsável operacional, João Faria Conceição. O COO indicou ainda que a REN pretende manter a participação na hidroelétrica de Cahora Bassa, em Moçambique.
A REN mantém ainda o interesse na região da América Latina, tal como referido por Rui Vilar em julho de 2014. A Colômbia junta-se a países como o Chile, Peru e México, identificados como locais em que a empresa poderá investir nesta região até 2018. Uma entrada que poderá ser facilitada tendo em conta a "descida do custo de capital, que ajuda" à diversificação do portefólio a nível internacional.
Ainda assim, a empresa responsável pela rede elétrica nacional "mantém o foco em Portugal", destacou Gonçalo Morais Soares aos jornalistas. A REN vai investir entre 700 e 800 milhões de euros no mercado doméstico. Ao todo, estão previstos 1.700 milhões de euros até 2018.