Retail Mind tem em mãos projetos de 150 milhões em retail parks

Azores Retail Park é o mais recente projeto. Empresa aproveitou o interesse dos consumidores por este formato comercial. Agora quer juntar habitação, hotelaria e logística.
O Felgueiras Retail Park s tem abertura prevista para o primeiro semestre de 2025. Foto: D.R.
O Felgueiras Retail Park s tem abertura prevista para o primeiro semestre de 2025. Foto: D.R.
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A Retail Mind tem em desenvolvimento quatro retail parks no país, projetos que envolvem um investimento da ordem dos 150 milhões de euros, revelou Vítor Rocha, CEO da empresa especializada em retalho. O Azores Retail Park é o mais recente. A primeira pedra foi lançada esta semana e segue-se agora 18 meses de obra até à abertura do espaço, que contará com 11 lojas. Marcas como Continente, Fnac ou Fábrica dos Óculos já garantiram lugar neste futuro espaço comercial de S. Miguel. Segundo o responsável, os 15 mil metros quadrados de área bruta locável estão totalmente comercializados.

Este formato, muito explorado nos Estados Unidos e na Europa de Leste, ganhou força em Portugal com a pandemia. Lojas de maior dimensão, portas para o exterior e parque de estacionamento ao ar livre atraíram os consumidores. E a Retail Mind cavalgou a tendência. Já abriu retail parks em Monção, Ponte de Lima, Alcantarilha e Évora, espaços que exigiram um investimento global de 45 milhões de euros. A empresa identifica oportunidades no mercado, avança com a compra do terreno e, depois, vai à procura do investidor certo. No Azores Retail Park, o parceiro é a Sapore, veículo imobiliário do grupo Vigent.

A Retail Mind assume também a comercialização dos espaços, potenciando a experiência de mais de uma década no apoio à expansão e gestão de marcas de retalho. Como frisou Vítor Rocha, “nós não somos investidores, fazemos parcerias. Damos o nosso know-how. Desenvolvemos, comercializamos e gerimos”.

Na mesma filosofia de negócio, a empresa prevê inaugurar no primeiro semestre de 2025 o Felgueiras Retail Park. No terreno, serão também construídos três edifícios residenciais. O parceiro é o fundo imobiliário brasileiro Europar. O centro terá oito lojas, destacando-se a abertura do primeiro supermercado Aldi dentro de um retail park. Este é o primeiro projeto da empresa que junta as componentes comércio e habitação. Serão 104 apartamentos, entre T1 e T3, cuja edificação deverá arrancar na segunda metade do próximo ano.

Ainda no primeiro trimestre de 2025, a Retail Mind prevê iniciar a obra do Póvoa Retail Park, na Póvoa de Varzim. Esta unidade, cujo promotor imobiliário é o grupo FVC, terá características semelhantes a um centro comercial. Como adiantou Vítor Rocha, os 21 mil metros quadrados de área bruta locável vão ser divididos por 20 lojas, distribuídas por dois pisos. Também aqui abrirá uma unidade Aldi. Neste momento, 80% do empreendimento está comercializado. A aguardar licença de obra está o projeto para Cantanhede. O desenvolvimento deste retail park, cujo investimento está a cargo da Atlantic, gestora portuense de fundos de investimento imobiliário, sofreu atrasos devido à necessidade de transplantar cerca de 70 sobreiros.

Com a experiência ganha em Felgueiras, a Retail Mind começou a trabalhar outros projetos de uso misto. Em Vila Nova de Gaia, a empresa negociou a compra de um terreno para desenvolver habitação e retalho. O projeto está em elaboração, mas a Europar já assumiu o papel de investidor. Vítor Rocha está também a avaliar operações em segmentos como a hotelaria e logística. A Retail Mind, com presença em Espanha, Colómbia e Brasil, prevê faturar este ano quatro milhões de euros e gerar um EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) de um milhão de euros.

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