O Programa Revitalizar, que foi hoje lançado no ministério da Economia, tem 220 milhões de euros para ajudar as pequenas e médias empresas nacionais a crescer. Ao todo será entregue até um milhão e meio de euros por empresa, o que permitirá que as verbas cheguem a mais de cem.
"É importante dar um contributo no sentido de revitalizar o tecido económico, as nossas empresas e a economia", afirmou Pires de Lima, hoje na apresentação do programa. Como adiantou, com este auxílio de fundos de capital de risco será possível "melhorar as condições financiamento das empresas e reforçar instrumentos que permitam melhor capitalização de forma a que possam recuperar e investir".
O Programa Revitalizar foi lançado no ano passado para auxiliar empresas em dificuldades de desenvolvimento; empresários que estejam a planear uma sucessão ou retirada; PME com ativos pouco rentáveis; que queiram aumentar a sua competitividade através de uma estratégia de crescimento ou investidores interessados em adquirir uma empresa já existente.
Podem candidatar-se empresas relacionadas com as áreas da indústria, energia, transportes, comercio e serviços, mas "podem ser considerados outros setores mediante candidaturas específicas". Como referiu Pires de Lima, "compete às sociedades gestoras e à banca decidirem que empresas devem ser apoiadas" neste âmbito.
A público já veio a intenção da Troika em alterar o funcionamento do programa por considera que está a ser ineficiente. Esta revisão poderá acontecer já na oitava e nova avaliação, com data marcada para o próximo mês de setembro. Para já, Paulo Núncio, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, refere uma taxa de aprovação de 60%.
"Relativamente às empresas que apresentaram candidaturas, neste momento já foram aprovados 153 processos de recuperação de empresas, o que corresponde a uma taxa de aprovação que ultrapassa os 60% dos pedidos que já foram analisados. Ainda há muitos pedidos a serem analisados", afirma.
Já Pedro Gonçalves, secretário de Estado da Inovação não confirma qualquer intenção por parte dos credores internacionais e refere que o programa tem "acompanhamento contínuo" por parte dos vários ministérios e até da própria troika.