A Ryanair assinalou hoje os dois milhões de passageiros transportados desde o início do ano na base no Porto, com o anúncio da 34ª rota. A
iniciar a 4 de Abril de 2012, às quintas-feiras e domingos, a ligação
entre o Porto e Dole - um antigo aeródromo militar que terá, assim, a
sua primeira ligação comercial regular - espera angariar 30 mil
passageiros em cada sentido.
O novo voo, cujos bilhetes podem ser adquiridos a partir de amanhã com preços a partir de 39.99euro, será baseado no Porto, sendo operado "com os recursos e tripulação existentes no momento", segundo informação de Luís Fernandez-Mellado, director de marketing e vendas
para Espanha e Portugal, em conferência de imprensa, hoje, no Porto.
A nova rota - que será a 11ª do Porto para França - visa servir as comunidades da região, que conta com forte presença portuguesa, seja em Paris, seja na Suiça - contando com a ligação por TGV existente.
Quanto a Lisboa, continua na mira da companhia de aviação irlandesa, que avisa:
"Em 2013 teremos o último ano de grande crescimento, com a entrega de
todos os aviões encomendados. Depois disso, resta consolidar o que já
existe", disse a mesma fonte. Mais importante do que a localização para onde a companhia poderá ser autorizada a voar são, sem dúvida, "os custos que permitam manter tarifas competitivas".
A tarifa média da Ryanair situa-se, actualmente, nos 50euro - um valor que a empresa afirma ter crescido 13% face ao ano fiscal anterior e que, ainda assim, é 388% menor do que o valor médio pago pelos passageiros na TAP (244euro).
Sendo "responsável por 44% do crescimento no aeroporto de Faro e 52% do crescimento do aeroporto do Porto", a Ryanair não tem "dúvidas que é um bom negócio para o turismo de Portugal". Em Lisboa, propõe-se transportar três milhões de passageiros
Para o ano, a «low cost» espera receber 22 aviões, que, adicionados à frota de 275 Boeing, completarão os recursos disponíveis e permitirão aumentar os passageiros transportados, dos actuais 75 milhões (em toda a Europa) para 79 milhões.
A greve geral teve um efeito negativo para a empresa irlandesa, que pretende que a UE "retire o direito à greve aos controladores de tráfego aéreo", por ser considerado um serviço essencial. Na passada quinta-feira, a Ryanair teve de cancelar 48 voos, sendo afectados cerca de oito mil passageiros que tiveram de cancelar ou adiar as suas viagens.