A start-up OpenAI, que lançou o bot de conversação ChatGPT, uma forma de inteligência artificial generativa, anunciou o regresso do cofundador Sam Altman, quatro dias depois de ter sido despedido..A empresa, com sede em São Francisco, disse ter chegado "a um acordo de princípio para Sam Altman retornar à OpenAI" como presidente executivo de um novo conselho de administração, de acordo com um comunicado divulgado na terça-feira..Altman, de 38 anos, é considerado um visionário da inteligência artificial generativa, tecnologia que cria conversas, textos, áudios, músicas, vídeo..O conselho vai ainda incluir o antigo copresidente executivo da tecnológica norte-americana Salesforce Bret Taylor, o antigo secretário do Tesouro dos Estados Unidos Larry Summers e o líder do portal de perguntas e respostas Quora, Adam D'Angelo..O anterior conselho de administração da OpenAI, que incluía D'Angelo, escusou-se a divulgar as razões para o despedimento de Altman, anunciado na sexta-feira, levando a um conflito interno na empresa e a uma crescente pressão dos investidores..Na altura, a administração disse apenas que Altman "não foi consistentemente honesto nas comunicações", o que afetou a capacidade "de exercer as suas responsabilidades", pelo que "não confia mais na sua capacidade de continuar a liderar a OpenAI"..Na segunda-feira, a maioria dos gestores de topo da OpenAI exigiu a demissão do conselho de administração devido à saída surpresa de Altman, indicaram numa carta publicada por vários meios de comunicação social..Símbolo de inteligência artificial generativa desde o lançamento do bot de conversação ChatGPT, há um ano, a crise na OpenAI apanhou de surpresa Silicon Valley, o principal ecossistema de tecnologia dos Estados Unidos, onde Altman é visto como um prodígio..Acionista minoritária da OpenAI, com uma participação de 49%, a Microsoft anunciou na segunda-feira ter recrutado Altman, assim como Greg Brockman, que se tinha demitido da OpenAI quando soube do despedimento de Altman..Na semana passada, Altman participou na cimeira da Cooperação Económica Ásia-Pacífico, em São Francisco, e disse que a inteligência artificial será maior do que "qualquer uma das grandes revoluções tecnológicas" registadas até agora, mas também reconheceu a necessidade de se proteger a humanidade da ameaça futura da inteligência artificial..O Governo norte-americano está particularmente preocupado com o papel que a inteligência artificial generativa poderá desempenhar durante a campanha eleitoral de 2024. A tecnologia permite a criação de montagens hiper-realistas (deepfake) e conteúdos falsos e, portanto, pode facilitar as campanhas de desinformação.