"Enche-nos de orgulho sermos o maior polo de Investigação e Desenvolvimento do país e a sede da inovação tecnológica em Portugal." Foi assim que a CEO da Altice, Ana Figueiredo, abriu a porta ao futuro, na celebração dos seis anos do Centro de Inovação, Investigação e Desenvolvimento do Grupo Altice. "Orgulhamo-nos de ser a bandeira da engenharia portuguesa e uma referência no mercado mundial. De sermos reconhecidos continuamente no mercado nacional e internacional e uma empresa portuguesa a trabalhar para o mundo", disse a CEO, na abertura da festa, em que a saúde e as novas soluções para a abordar ocuparam papel principal.
O sexto aniversário dos Altice Labs, em Aveiro, foi celebrado sob o lema "Bem-estar e saúde digital" e em foco estiveram os novos projetos de Inovação, Desenvolvimento e Investigação, centrados na área das plataformas e aplicações digitais, de suporte à saúde e ao bem-estar, contando com a presença de Elvira Fortunato, ministra de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Isabel Rocha, vice-reitora da Universidade Nova, e Margarida França, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga na plateia.
Pela primeira vez num evento público nacional desde que assumiu os comandos do novo cargo, como CoCEO Internacional do Grupo Altice, Alexandre Fonseca também teve tempo para anunciar novidades. Depois de três meses a visitado quase todas as geografias mundiais onde o grupo está presente, em Aveiro o gestor internacional revelou que o prémio anua de investigação da Altice Labs, o maior em valor de investigação, inovação e tecnologia em Portugal, vai alargar-se a toda a União Europeia.
Tendo a Altice Labs nascido das mãos de Alexandre Fonseca, em forte cooperação com Alcino Lavrador, diretor-geral dos Laboratórios de inovação, era este o palco perfeito não apenas para regressar a um evento da marca em Portugal como para fazer aquele anúncio do alargamento dos Altice Innovation Awards (mais informação abaixo).
Através da liderança nacional da Altice Portugal, a Altice Labs cresceu mais de 300% de faturação e passou a exportar para mais de 100 países.
Em destaque em Aveiro, a celebrar seis anos de êxito a criar o futuro, estiveram soluções de amanhã que já estão a acontecer hoje. É o caso do Medigraf, focado numa "ligação segura entre médicos, onde se destaca a funcionalidade de análise colaborativa de meios complementares de diagnóstico", que se revelou particularmente importante em covid, enquanto complemento fundamental dos serviços digitais de saúde. As potencialidades do "Medigraf Augmented Telemedicine" foram apresentadas por Altice Labs e parceiros do Centro Hospitalar Baixo Vouga, destacando-se soluções que vão da realização de ecografias durante teleconsultas ao potencial de formação de profissionais de saúde à distância, utilizando uma rede privada de 5G com "baixa latência, segurança e elevado débito".
Outro caso que teve direito a palco foi o SmartAL, uma plataforma de assisted living que permite a recolha de dados através de dispositivos médicos sem fios, da sensorização de espaços ou nas pessoas, através de wearables. Nesta solução, o CINEMAT, laboratório da Universidade Nova de Lisboa "com projeto de sensores de grafeno", e a TMG, "com os seus tecidos inteligentes", associaram-se à Altice Labs, recorrendo a interfaces rádio desenvolvidas pela Altice Labs que possibilitam o envio de "informação recolhida pelos diferentes sensores para a plataforma SmartAL, adicionando novas perspetivas de informação ao perfil dos monitorizados". A ideia é poder construir um ecossistema de saúde digital "onde a telemonitorização aliviará a pressão sobre os hospitais e a prevenção fomentará o bem-estar dos cidadãos, fazendo-os viver com mais e melhor saúde e promovendo um acesso mais justo aos cuidados de saúde de toda a população".
O potencial do 5G nas soluções de futuro para a saúde e a relevância da Inteligência Artificial foram outras particularidades em destaque numa tarde em que foi anunciado um novo passo muito relevante: os Altice International Innovation Awards abrem-se ao mundo, levando "o maior prémio monetário atualmente atribuído em Portugal na área da inovação tecnológica" aos quatro cantos.
"Se até agora a abrangência internacional do Prémio se limitava a algumas das geografias onde o Grupo Altice opera, a edição deste ano possibilita candidaturas provenientes de qualquer país da União Europeia, tanto para a categoria startup como INCLUI, esta apadrinhada pela Fundação Altice", explica a empresa. A edição de 2022 terá como país convidado a Irlanda.
"O AIIA destina-se agora a premiar: empreendedores e startups em fase de incubação (até três anos); estudantes de doutoramento; projetos inclusivos que visem a disponibilização de tecnologias de informação e comunicação e de soluções tecnológicas de acessibilidade ao serviço dos cidadãos, particularmente dos que são portadores de necessidades especiais."
De acordo com a Altice, a categoria "Inclui" terá como prémio um valor pecuniário de 20.000 euros, o vencedor da categoria startup receberá um prémio monetário no valor de 50.000 euros e a possibilidade de concretização de um piloto (prova de conceito) com o Grupo Altice e o vencedor da categoria Academia receberá um prémio monetário no valor de 25.000 euros. As candidaturas estão abertas até 23 de setembro, no site do Altice International Innovation Award, que desde 2016 já soma mais de 380 candidaturas, representando um prémio total superior a 365.000 euros.