Sicília com problemas. A "Grécia de Itália" vai ser resgatada

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Mario Monti continua a lutar contra a crise em Itália, mas as preocupações voltam-se agora para uma região específica: a Sicília. A região vai passar a estar sob um plano de cortes para que o Governo central possa fiscalizar a sua reorganização com prazos e objetivos definidos. É mais um resgate a uma comunidade.

O plano para restaurar a estabilidade financeira da região já está traçado ainda que não se saiba se terá o nome de resgate ou de linha de crédito. Todavia o The New York Times refere que o Governo italiano aprovou uma injeção de 400 milhões de euros para assegurar que a região consegue continuar a pagar salários e pensões. Todo o progresso feito pela Sicília no reordenamento das finanças públicas será fiscalizado diretamente por Mario Monti através de "organismos técnicos do governo nacional".

Fonte governamental citada pelo mesmo periódico refere que Mario Monti escreveu uma carta a explicar o processo ao público doméstico. Segundo afirma, os problemas da Sicília não se podem alastrar a outras regiões do país. Mas a dimensão da crise europeia faz com que os problemas internos rapidamente se tornem problemas internacionais.

A Sicília é apenas mais uma região a apelar à ajuda do Governo central, tal como já fizeram a Região autónoma da Madeira em Portugal, e Valência, Múrcia e Catalunha em Espanha.

Na sexta-feira passada, Raffaele Lombardo, presidente regional da região desde 2008, lembrava que "a Sicília tem problemas, mas a Itália também os tem". Segundo sublinhou, "a Sicília está em risco de falência porque Itália está em risco de falir".

À semelhança de vários líderes internacionais, também o responsável por esta região italiana referiu que "cortamos na despesa, mas não crescemos"; "estamos numa espiral que nos vai conduzir ao abismo".

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