Ter casa própria está cada vez mais caro. De cada vez que o Banco Central Europeu (BCE) decide agravar as taxas de juro diretoras, o que influencia diretamente as flutuações da Euribor, que quem tem casa própria vê a prestação da casa subir. Sobretudo, desde julho de 2022, quando o BCE decidiu combater a inflação na zona euro com o agravamento da política monetária.
Um ano depois, a contínua subida das taxas Euribor, que servem de referência à maioria dos créditos à habitação, reflete-se em taxas de juro do crédito à habitação cada vez mais elevadas. Só em agosto, os contratos celebrados nos últimos três meses refletiam uma taxa de juro média de 4,331%, o que compara com 4,173% em julho - o valor mais elevado desde abril de 2012.
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A escalada não deve ficar por aqui. De acordo com a simulações da Deco para o Dinheiro Vivo, os contratos a 12 meses serão os mais penalizados pela escalada das taxas de juro do BCE, agravando a prestação em 230,92 euros, ou seja, mais 40% face aos 573,29 euros pagos há exatamente um ano por um empréstimo de 150 mil euros a 30 anos (360 meses), indexado ao prazo mais alargado e com um spread (margem de lucro do banco) de 1%.
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Para saber em detalhe como vai variar a sua prestação da casa, com base na variação da Euribor, consulte o Simulador da variação da Euribor no Crédito Habitação, do Doutor Finanças.