Sindicato dos Enfermeiros acusa tutela de bloquear subsídios extraordinários

Presidente do Sindicato dos Enfermeiros avança que "há mais de 300 enfermeiros que não recebem subsídio desde março do ano passado", porque "não existe cabimento orçamental".
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O presidente do Sindicato dos Enfermeiros (SE) acusou esta sexta-feira a tutela de "bloquear" o pagamento de subsídios extraordinários a centenas de profissionais de saúde e de "os pôr uns contra os outros" ao abrir concursos com vagas "insuficientes".

Em declarações à agência Lusa, após uma reunião com o conselho de administração do Hospital de São João, no Porto, Pedro Costa fez críticas ao Ministério das Finanças, bem como ao da Saúde, com o qual pretende reunir-se "nas primeiras semanas de maio sem falta".

"Percebemos que as administrações estão sensíveis aos problemas, mas as dotações orçamentais que têm estão reduzidas e não permitem que os subsídios possam ser regularizados. O Ministério das Finanças não tem dado resposta a todas estas situações e o da Saúde tem de intervir", disse Pedro Costa.

O presidente do SE referiu que no Hospital de São João "há mais de 300 enfermeiros que não recebem subsídio [extraordinário por trabalho relacionado com a pandemia da covid-19] desde março do ano passado", porque "não existe cabimento orçamental".

"O hospital não tem capacidade financeira para pagar", sintetizou.

Pedro Costa também se mostrou preocupado com o concurso para enfermeiro especialista porque, disse, "vai abrir só tem seis vagas", o que entende ser "claramente é insuficiente".

"Vai colocar os colegas uns contra os outros. Temos 200 pessoas para seis lugares", explicou.

À falta de pagamento do subsídio extraordinário por causa da covid-19, o SE somou como problemas "a utilização irregular de bolsa de horas" e "o atraso no descongelamento das progressões".

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