Os smartphones da Google são os mais vulneráveis do mercado e a explicação está na rede de aplicações Android.
Numa altura em que os smartphones atingem a liderança no mercado das telecomunicações, são cada vez mais os piratas informáticos que tentam romper e invadir sistemas.
A empresa de proteção de software, Trend Micro, efectuou um estudo onde explica o porquê da vulnerabilidade do sistema da Google. Segundo os especialistas, o problema reside no que muitos consideram uma vantagem: o sistema de aplicações da marca.
Como explica Cesare Garlati, diretor de mercado da companhia de segurança Trend Micro, o sistema aberto , permite a qualquer um, criar ou instalar uma aplicação num equipamento Android - por oposição a App Store da Apple, é extremamente controlada, com um rigoroso sistema de controlo.
"No fim de contas, quanto ao modelo de segurança Android, cabe ao utilizador final a responsabilidade de julgar se um aplicativo é seguro", afirma acrescentando que é uma tarefa ingrata porque o utilizador não tem capacidade de descodificar a segurança ou fiabilidade de um vendedor ou criador de aplicações.
Já empresa Coverity efectuou uma análise aos erros apresentados pelos diversos sistemas, e a conclusão não beneficiou a Androi. Cada 88 erros da Android, num total de 359 são considerados de elevado risco.
A pesquisa realizada pela Trend Micro analisou mais de 100 elementos de segurança dos quatro principais sistemas operativos - iOS, Apple, Blackberry, Android e Windows.
Segundo os resultados o sistema Blackberry é o que apresenta maior segurança e o Android é o mais vulnerável - a explicação parece ser uma só: o BlackBerry é um sistema profissional, onde a segurança pauta desde o início a política da empresa. Ainda assim, Cesare Garlati explica que "nenhuma plataforma está imune" à pirataria.
Segundo a Juniper Networks, em 2011 foi registado "um novo recorde de ataques"e, mais uma vez, os mais visados foram os equipamentos Android - o número de ataques cresceu 155% no período de um ano, passando de 11.318, em 2010, para 28.472, em 2011.