Fundada em 1996 no País Basco, a Skunkfunk é uma marca não convencional de roupa e acessórios para mulher e homem, está presente em quatro continentes e distribui em mais de mil lojas. Em Portugal, vende há mais de 15 anos, mas abriu a primeira loja apenas em janeiro, em Lisboa..O Chiado foi o local escolhido para a marca abrir a primeira loja em Portugal mas a Skunkfunk promete mais. Ainda neste mês de maio vai abrir um outlet no LX Factory e "fala-se em abrir um espaço" no Porto, confessou o fundador da marca, Mikel Feijoo Elzo, ao Dinheiro Vivo, reforçando que "Portugal é um mercado importante para nós, mais do que pelo volume, pela relação que se criou com a marca"..Mikel Feijoo Elzo e a diretora criativa e administradora da marca, Maia Eder Curutchet, estiveram em Lisboa para apresentar o conceito e as novas coleções.."Definimo-nos como uma marca não convencional com interesse específico no tema da sustentabilidade", começou por explicar Mikel Feijoo Elzo ao Dinheiro Vivo e acrescentou que a marca não é nacional, mas sim internacional - "o nosso mercado não é Espanha. O nosso mercado é a Europa desde o dia um"..A Skunkfunk é uma marca que "não segue as tendências" mas que se liga a diferentes culturas, crescendo essencialmente em ambientes alternativos, dirigindo-se a pessoas que procuram um género de moda menos formatada e peças singulares. "Queremos marcar com valores fortes, como não seguir as tendências e ter um produto limpo", acrescenta Maia Eder Curutchet..Leia também: Espanhola Skunkfunk abre loja própria no Chiado. Esteve um ano à procura.Quanto ao volume de vendas realizadas em Portugal, o fundador da Skunkfunk afirma que começa a notar-se uma recuperação, assim como em Espanha e em Itália, distribuindo para cerca de 40 lojas multimarca em todo o país..Relativamente aos preços, Maia afirma que "no nosso segmento, somos uma marca com preços médios: os vestidos vão de 49 a 99 euros, as t-shirts de 20 a 50 euros e os casacos de inverno vão de 99 a 200 euros". Os dois responsáveis da Skunkfunk criticam ainda os grandes grupos têxteis que, por produzirem enormes volumes, "distorcem os preços".."Somos uma cadeia vertical, quase todas as nossas vendas são realizadas a partir de lojas", diz Mikel Feijoo Elzo, acrescentando, "para nós, a qualidade é um valor inegociável". Ainda em relação aos grandes grupos têxteis, Maia Eder Curutchet acrescenta que "os grandes grupos estão a 'comer' o mercado. O que realmente faz a diferença são pessoas como nós"..A diretora criativa explica que toda a coleção é criada a partir do zero e que existe um enorme esforço em termos de sustentabilidade, o que é um valor diferenciador. "Isto é muito importante, sobretudo com o que se está a passar no mundo da moda", afirma Maia, que acredita que cada vez mais vai ser valorizado o artesanal, onde existe um valor real, muito diferente de um grande grupo, que compara a um supermercado: "toda a gente tem igual e nada faz a diferença"..As coleções são produzidas em Portugal, na Turquia e na China e todos os produtores são certificados, garantindo que todo o processo é o mais ecológico possível. "Queremos mudar um pouco o mundo", acrescenta Maia Eder Curutchet..A Skunkfunk alia economia ao design, onde uma única peça pode obter várias formas e ser usada de diferentes maneiras. Desde o estilo mais urbano ao casual chique, a marca tem uma política amiga do ambiente: as peças são produzidas com materiais ecológicos e reciclados e são certificadas.