Somague: "Temos interesse em comprar a Águas de Portugal"

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A Somague, que está de olho na privatização da TAP e ANA, mostrou interesse em comprar a Águas de Portugal. Segundo afirmou Pedro Alves, diretor de ambiente da empresa, "temos interesse em comprar a Águas de Portugal e podemos, inclusive, associar-nos a algum grupo brasileiro para a negociação" - a Águas do Brasil pode ser a candidata natural a esta parceria.

Atualmente, a Somague está a investir cada vez mais nos serviços de água e saneamento brasileiros, para onde se exigem investimentos de grande alcance. Para que tal seja possível, a empresa está em contacto com fundos de investimento, a fim de encontrar capital para concretizar os objectivos.

A empresa portuguesa tem presença no Brasil desde 1997, e é hoje responsável pelas concessões de água e esgoto dos municípios de Jaú e Araçatuba, até 2018 e 2015, repectivamente.

A concessão com a cidade de Jaú serve 131 mil habitantes e tem previstos investimentos de seis milhões de euros e uma receita anual de quatro milhões. Já Araçatuba, que serve 181,6 mil pessoas, garante uma receita de 4 milhões de euros ao ano e exige melhorias de seis milhões. Por fim, o contrato em Votorantim, município com cerca de 109 mil habitantes, exige investimento mais alto, de 37 milhões de euros, para um retorno estimado em 285 milhões de euros durante os próximos 30 anos.

Mas segundo referiu Pedro Alves, diretor-geral da Somague ambiente, ao Valor Económico, o foco está bem mais elevado: "Gostaríamos de atender municípios com uma população somada acima dos 750 mil habitantes até o fim de 2014".

Para que isto possa ser possível, a empresa está a contactar fundos de investimentos brasileiros para ajudarem a financiar este propósito. Segundo o presidente no país, a negociação deve ser concluída até 2014 e a injeção seria feita na holding a SGA (Sistemas de Gestão Ambiental), veículo da Somague para a área de saneamento. Atualmente, a divisão representa aproximadamente 25% dos negócios do grupo português mundo.

Pedro Cardoso Alves, revelou ao jornal brasileiro que a empresa quer estar no ciclo integral da água "em modelos de concessão plena, que são mais adequados para quem vai operar e investir, e para o próprio município".

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