A Sonae Capital investiu 900 mil euros para mobilar, decorar e equipar o novo The House Ribeira Porto Hotel. Inaugurada no fim de semana, a terceira unidade hoteleira do grupo na Invicta deverá gerar 1,5 milhões de euros em volume de negócios, melhorando os bons resultados que o turismo proporcionou à empresa no último ano. Com um aumento de 20% no revpar [rendimento médio por quarto disponível] e de 13,1% no volume de negócios dos seus hotéis em 2015, a Sonae Capital admite estar "a ver oportunidades de investimento, na perspetiva de exploração [hoteleira], em Lisboa" também.
The House Ribeira Porto Hotel pretende ser confortável e descontraído como uma casa, localiza-se no coração genuíno da Invicta e espera continuar a crescer ao ritmo do turismo da cidade. "As nossas unidades no Porto [Porto Palácio Hotel e o hotel-escola The Artist] cresceram ao nível do destino e, este ano, estamos à espera de novo crescimento, não só orgânico, mas também pela adição de mais um hotel", refere Pedro Capitão, diretor de hotelaria da Sonae Capital.
Geralmente, os novos hotéis são projetados com grande antecedência, mas o The House nasceu de uma "oportunidade" agarrada rapidamente: em apenas um ano, o antigo edifício da escola Balleteatro, reabilitado pelo promotor, passou a ter 56 quartos em cinco pisos e a Sonae Capital encarregou-se da decoração, mobiliário e equipamento.
Logo à entrada do The House, um enorme painel concebido à medida pelo artista Pedro Vaz, ilustrando as margens do Douro na região vinhateira, marca o tom descontraído e moderno do hotel de quatro estrelas. A zona de pequenos-almoços, que funciona como bar à noite, ostenta outro painel do mesmo autor acompanhando uma impressionante mesa comunitária que convida à partilha de experiências entre amigos e turistas. Não há restaurante, mas há sopa do dia e um canto de Grab & Go da Go Natural com saladas, sandes e outras iguarias frescas. Entre os 56 quartos, a preços médios que rondam 110€, o destaque vai para as duas penthouses no topo do edifício, com generosas varandas e vistas para praticamente tudo o que entra nos postais turísticos da cidade.
Não bastava a localização ideal do edifício - perto do túnel da Ribeira e em pleno centro histórico -, também o ambiente luminoso, moderno e descontraído deste hotel visa cativar quem mais procura o Porto nesta altura. "No Porto Palácio, sabemos que 70% dos clientes vêm em negócios, no The Artist temos 90% de hóspedes em lazer e, aqui, teremos uma percentagem semelhante. Orientamos o The House essencialmente para o turista de lazer oriundo dos nossos principais mercados - França, Espanha, Reino Unido e Alemanha", refere Pedro Capitão.
Enquanto o Porto tem sido "o motor" do crescimento hoteleiro da Sonae Capital, o diretor de hotelaria assinala também um crescimento mais moderado do empreendimento em Tróia, especialmente devido ao mercado francês, mas também com o contributo dos escandinavos que o procuram como destino de golfe. A abertura do centro de estágios, este ano, será outro impulso "importante para contrariar a sazonalidade, o maior problema de Tróia".