Sonae há 30 anos a descobrir e recrutar talentos com o programa "Contacto"

O Dia Contacto, do programa de recrutamento da Sonae, contou com 320 jovens de seis nacionalidades, que foram desafiados a dizer o que é ter mundo
Publicado a

Foram 320 jovens universitários que tiveram a oportunidade de estar no Dia Contacto, integrado no programa da Sonae, onde conversaram com membros da gestão de topo do grupo, e de conhecer de perto as diferentes áreas de negócio. Através do qual a empresa recruta jovens talentos, que após um ano de estágio poderão ficar na Sonae.

Este ano candidataram-se 1500 jovens, de 36 nacionalidades, a quem foi lançado um desafio, dizer: "O que é ter mundo". Responderam 320, "das mais variadas formas, textos, poemas, desenhos, vídeos, músicas e filmes", refere Maria Antónia Cadilhe, ‎ Head of Talent Management & Development da Sonae. E lembra uma das respostas que a marcaram: "Tenho o mundo dentro de mim".

A responsável lembra que as duas últimas edições do programa já foram com candidaturas em inglês, "para que os jovens das diferentes nacionalidades que se candidatam estejam à vontade. E os alunos estrangeiros são normalmente jovens que estão a fazer Erasmus em Portugal".

Este ano, além de portugueses, contam com jovens espanhóis, russos, vietnamitas, colombianos e do Cazaquistão. Todos foram colocados à prova através de vários desafios de inovação. Os trabalhos que desenvolveram durante o dia 21 incluíram, por exemplo, desafios de inovação, entrevistas one-to-one, pitchs de apresentação e dinâmicas de grupo, os quais pretendem avaliar as soft skills dos jovens finalistas.

Para Maria Antónia Cadilhe, o "crescente interesse de jovens estrangeiros pelo programa 'Contacto' é vantajosa e é igualmente a possibilidade da Sonae ser uma escola, e deve-se também ao fato do grupo estar presente em diferentes geografias".

Para os 50 finalistas o estágio de um ano começa em setembro ou em novembro, "queremos dar a hipótese a todos os alunos, e alguns não podem entrar em setembro, porque estão a concluir os estudos, ou porque querem viajar, ou juntar-se a uma ONG, durante um tempo, e dessa forma não estamos a excluir ninguém e sim a dizer-lhes, façam, e tragam esse mundo, essa experiência para o trabalho", refere a responsável.

Em estudo está a possibilidade de começar também o estágio em março. O que se mantém é o acompanhamento diário na área de negócio que escolheram, sempre com a possibilidade de mudar, porque muitas vezes é a experiência no terreno que nos mostra o que queremos. Além disso, é paga uma bolsa de mil euros e subsídio de alimentação".

"O que queremos é que estes jovens fiquem na Sonae, tal como estão centenas dos cerca de 4500, que já participaram no programa, que vai na 30ª edição", garantiu Maria Antónia Cadilhe.

30 anos

O Programa Contacto comemora este ano o seu 30º aniversário. Criado em 1986, tem por missão atrair e integrar, nas diferentes empresas do grupo Sonae, jovens talentos, com diferentes formações de base, que ambicionem ter acesso aos melhores líderes e que pretendam desenvolver competências e construir uma rede alargada de networking.

No total, o programa já recebeu mais de 40 mil candidaturas desde a sua criação, que conduziram à seleção e participação de mais de 4.500 jovens de diferentes áreas de conhecimento e nacionalidades no ‘‘Dia Contacto’’.

"É um orgulho fazer parte de um programa como este, que apesar de já ter 30 anos é muito jovem, porque sempre tivemos a sabedoria de entender as diferentes gerações e mudar o programa para responder aos novos desafios, hoje é muito diferente da primeira edição", disse a responsável.

José Baldaque conhece bem essas diferenças, porque participou em 1986 na primeira edição do programa. "Completamente diferente. Eu era aluno de engenharia no Porto, e um professor disse a uns quantos de nós que numa determinada data deveríamos estar na sede da Sonae para nos conhecerem".

E assim foi, em abril, numa sala com oito jovens engenheiros, dez economistas e seis alunos de Direito da Católica, "o engenheiro Belmiro de Azevedo apresentou o grupo Sonae, e que estávamos ali porque era um programa que tencionava captar bons alunos. Passou a palavra aos vice-presidentes de cada área de negócio, respondemos a um inquérito e respondemos à pergunta: Do que ouviu qual a empresa é que gostava de trabalhar".

Em setembro, "recebi um telegrama em casa, para ir a uma entrevista. Entrei para a Sonae a 1 de outubro de 1986, onde continuo, não na Sonae Indústria que tinha sido a minha escolha, mas na Sonae Sierra, que é realmente a minha área".

Novos candidatos

João Cerqueira tem 23 anos e é estudante de gestão. Candidatou-se porque, quer "começar uma experiência profissional numa empresa onde possa aprender, onde possa ficar a saber o que não se aprende na faculdade, e a dimensão da Sonae permite essa experiência". Se for finalista garante "dar 110%, para continuar depois desse ano". Para João ter mundo é: "Aprender a respeitar".

Ter mundo para a Cláudia Santos é: "Explorar o mundo com os meus braços abertos". Esta candidata, aluna de gestão, acredita que se ficar terá "um tempo de crescimento contínuo que irá facultar o conhecimento". Com 22 anos, diz que se candidatou porque gosta da área de retalho, "a a Sonae é para mim uma empresa de referência, e como estou ligada ao marketing, sei que permitem o investimento nesta área".

Diogo Espregueira confessa que está "expectante em relação a tudo o que lhe for oferecido, aberto a propostas sem ficar preso a vínculos", o que se reflete também no que pensa sobre o que é ter mundo. "Partilhar experiências com muitas pessoas". Diogo tem 25 anos, é estudante de engenharia, e candidatou-se porque acredita "que a Sonae é uma boa escola de vida, com uma visão global e presente no mundo".

"O programa é bem estruturado, e candidatar-me com a hipótese de integrar na empresa é muito bom, significa aprender e crescer com a ideia de um grande futuro pela frente". Mafalda Fragoso, estudante de gestão, tem 22 anos e para ela ter mundo é: "ter uma mente aberta, ser curioso e inovador". Garante dar tudo por tudo, "para ficar e agarrar novos desafios".

António Silva tem esperança de vir a trabalhar na Sonae, "conhecer a estrutura e as áreas de negócio, sabendo que será uma experiência profissional, mas também pessoal. Claro que quero ficar para além do estágio, porque é uma empresa exemplo de liderança, e que me dará oportunidade para crescer". Com 24 anos, o estudante de gestão, diz que ter mundo é: "Ter vivido experiências que te tiram da zona de conforto".

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt