A Suécia está com falta de pessoas qualificadas para ocupar postos de trabalho. O número de vagas disponíveis por pessoa à procura de emprego atingiu o número mais elevado desde 2000 e as empresas estão a ter cada vez mais dificuldades em encontrar novos funcionários. A economia sueca cresceu 1,3% no segundo trimestre em comparação com os três meses anteriores.
Segundo o boletim de emprego sueco, 12 em 15 áreas de trabalho têm funcionários a menos. Em agosto, 78 mil vagas ficaram por ocupar, mais 9% em comparação com o mesmo mês de 2016 e uma subida de 41% face a 2015.
Construção, educação, informática e saúde são as quatro áreas que mais precisam de pessoas para ocupar vagas, de acordo com os dados citados esta terça-feira pela Bloomberg. 75% das empresas que procuram novos empregados dizem que têm dificuldade em recrutar talentos.
O próprio governo sueco, liderado pelo social-democrata Stefan Löfven, está a ser cada vez mais pressionado. A confederação de empresas sueca, que conta com 60 mil associados, diz que a falta de trabalhadores está a colocar em risco o crescimento económico. O executivo, em vez de promover a formação e a chegada de novos funcionários, está a reforçar os estímulos económicos e a promover redução de impostos.
A habitação é outro dos problemas da Suécia, porque há falta de casas para onde os trabalhadores possam mudar-se, de acordo com o economista da confederação de empresas sueca, Torbjorn Halldin, citado pela agência.
O banco central sueco está atento à situação e diz que a taxa de desemprego está nos níveis anteriores à crise financeira de 2008 - há 300 mil pessoas sem posto de trabalho - enquanto o número de vagas duplicou nos últimos nove anos. Ou seja, o problema está na falta de trabalhadores qualificados.