Perante os rumores de que a oferta dos concorrentes alemães E-On e chineses da China Three Gorges, é melhor que a do Cemig, a empresa já está a elaborar um plano B para se internacionalizar. E não se dão por vencidos: . "Temos certeza que fizemos a melhor proposta para os acionistas da EDP. No momento que propomos trocar a sinergia entre os activos que já temos com activos que se estão a associar, isso é sempre muito bom para o accionista", afirmou o presidente do grupo de Minas Gerais, como avança o jornal brasileiro Valor Económico . A Cemig iniciou uma política de internacionalização, e tentou agregar-se a outras empresas de forma a valorizar-se e aumentar o número de activos. "O importante é que estaremos sempre tentando viabilizar activos que agreguem valor para a empresa e a tornem mais competitiva no mercado interno e internacionalmente." E por isso mesmo mantém debaixo de olho empresas sul-americanas bem como europeias, onde se destaca a EDP, agora em concurso. . Bastos de Morais contudo admite que a pouca vantagem relativamente à eléctrica portuguesa: "Talvez a Cemig não tenha a melhor proposta para o governo português e aí é que talvez a gente leve alguma desvantagem. Isso talvez esteja sinalizando uma desvantagem tanto nossa quanto da Eletrobrás na consecução desse objectivo de Portugal." . O presidente da empresa ainda não se dá por derrotado e continua na luta para a compra dos 21,35% da empresa portuguesa. E justifica o peso da participação: "faria todo o sentido" a aquisição de parte da EDP e destaca "duas razões": Primeiro porque a EDP tem participações no Brasil o que agregaria valor "de forma sinérgica" à empresa mineira. E em segundo lugar, porque a "Cemig precisa crescer de forma internacional". . Se o governo português não optar pela sua oferta, a Cemig vai continuar a apostar no Chile, único país estrangeiro onde já actua. Nos últimos anos, a empresa mineira tem-se mostrado bastante activa na aquisição de outras empresas de energia. "Temos interesse. Se houver uma possibilidade de uma proposta, nós faremos. Pode ser até para perder, mas faremos", afirmou o presidente da empresa relativamente à Cesp, energética chilena.