A TAP - Transportes Aéreos Portugueses encerrou o exercício de 2021 com rendimentos operacionais de 1.388,5 milhões de euros, um aumento de 31% face ao exercício anterior, mas com prejuízos de 1.599,1 milhões de euros, mais 368,9 milhões do que em 2020. Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a empresa sublinha que, "apesar do início desafiante de 2021", a recuperação da operação continuou ao longo do ano, "com o número de passageiros a crescer 25,1%".
Ao longo do ano, a companhia aérea transportou 5.827 passageiros, contra os 4.657 de 2020. Ainda assim, o número de passageiros transportados corresponde a cerca de 34,2% do nível de 2019. "Em linha com a recuperação do número de passageiros, também as receitas dos passageiros da TAP aumentaram 25,8% em 2021, acima do crescimento global das receitas de passageiros previstos pela indústria de 20,1% (de acordo com a IATA)", pode ler-se no comunicado.
As receitas operacionais aumentaram em 328,4 milhões, para os 1.388,5 milhões de euros. Diz a administração da empresa que, para além do crescimento das receitas de passageiros de 218,8 milhões, "este valor foi particularmente favorecido pelo aumento das receitas de carga e correio, que aumentaram 88% (110,5 milhões de euros), compensando na totalidade o declínio de 13,7 milhões (menos 20,1%) das receitas de manutenção".
Já os custos operacionais recorrentes foram de 1.866,5 milhões em 2021, um valor inferior em 52,1 milhões (menos 2,7%) ao do ano anterior. Diz a administração que tal se deve ao facto de a maioria das rubricas de custos operacionais recorrentes terem aumentado a um ritmo mais lento do que as receitas operacionais, "começando a refletir as medidas de reestruturação implementadas pela empresa, nomeadamente os custos com pessoal (inferiores em 46,3 milhões, ou seja 11% menos), os custos de manutenção de aeronaves (menos 20,5% correspondentes a menos 5 milhões de euros) e ao custo dos materiais consumidos (foi inferior em 10,1 milhões, equivalente a menos 25,1%)".
Sublinha ainda a empresa que "a diminuição dos custos com pessoal já reflete as saídas graduais de 1.480 colaboradores ao longo do ano e os cortes salariais que tiveram início em março de 2021".