De acordo com o mais recente relatório de Crédito Habitação do ComparaJá.pt, referente a fevereiro de 2025, 73,3% dos novos contratos de crédito foram celebrados com taxa mista, reforçando a preferência por um modelo que oferece estabilidade inicial e flexibilidade futura.
Este tipo de taxa combina um período inicial de taxa fixa, seguido de um regime variável indexado à Euribor, permitindo aos consumidores garantir um custo fixo durante os primeiros anos do contrato antes de se sujeitarem à evolução das taxas de juro. Em contrapartida, a taxa variável representou 24,7% dos contratos assinados, enquanto a taxa fixa foi escolhida por apenas 2% dos novos mutuários.
"A escolha da taxa mista reflete a necessidade dos consumidores de protegerem os seus orçamentos num contexto de incerteza, garantindo previsibilidade nos primeiros anos do empréstimo", explica Bruno Garcia, Especialista de Crédito Habitação do ComparaJá.
Outro fator que marca o mercado de crédito habitação é a predominância da Euribor a 12 meses, utilizada em 62% dos contratos de crédito contratados em fevereiro através do ComparaJá.pt. Já a Euribor a 6 meses representou 35,3%, enquanto a de 3 meses se manteve residual, com apenas 0,7% de adesão, o que se justifica pela evolução das diferentes taxas Euribor:
Os dados revelam que, apesar dos desafios do setor, a procura por financiamento imobiliário em Portugal se mantém robusta, impulsionada pela necessidade de estabilidade financeira e pela competitividade entre instituições bancárias. Com a tendência de renegociação de contratos também em alta, os especialistas do ComparaJá.pt recomendam que os consumidores avaliem as condições dos diversos bancos, simulando e obtendo consultodoria gratuíta através de comparadores online e intermediação certificada pelo Banco de Portugal.