Toolto: "Tratamos dos problemas de mobilidade"

Seguradoras são as grandes beneficiárias desta solução tecnológica.
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Nuno Sobral, de 44 anos, é o principal impulsionador da Toolto, uma fintech portuguesa, lançada em 2018, que presta um serviço de assistência em viagem baseado em tecnologia. O objetivo? Transformar custos em proveitos.

A Toolto está direcionada para as seguradoras. Uma destas empresas pode recorrer à Toolto para que esta faça a gestão das suas assistências, poupando custos nas pessoas e infraestruturas. A tecnologia da ferramenta utiliza soluções em cloud, omnicanais, em que os pedidos entram num modelo digital (app, e-mail e sms), call centers que operam sem telefones e plataformas de georreferenciação.

"Tratamos dos problemas de mobilidade. Imagine que tem um furo no pneu e está a meio caminho entre Lisboa e o Porto. Nós, em nome da sua seguradora, percebemos o que é que precisa e, em função dos produtos que comprou e daquilo a que tem direito, organizamos a sua ida para o Porto, por exemplo, e a reparação do seu carro de modo a poder continuar a sua vida", explica Nuno Sobral ao Dinheiro Vivo.

O unicórnio português Talkdesk fornece-lhes um software para call centers baseado em cloud. A Salesforce, por sua vez, democratiza o acesso aos conteúdos, ou seja, permite acedê-los em qualquer momento e lugar.

O negócio arrancou com um investimento de um milhão de euros com capitais próprios. Mais tarde, juntou-se a Nuno Sobral e ao sócio, Peter Brito e Cunha, presidente do Conselho de Administração, a companhia de seguros Caravela, que detém atualmente 5% do capital social da empresa.

No final do ano passado, segundo o administrador executivo, já tinham sido atendidas mais de 150 mil chamadas e geridos mais de 30 mil dossiers de assistência por uma equipa de 16 pessoas.

Expansão para o estrangeiro

Atualmente, a empresa dá emprego a 30 pessoas e opera, sobretudo, no segmento financeiro e automóvel. Mas 2019 vai ser ano de novidades: os planos de crescimento passam por duplicar as vendas anuais, para cerca de seis milhões de euros, e atingir o break even (equilíbrio financeiro), preparando já terreno para 2020. Vão também introduzir um assistente alimentada por inteligência artificial - ao ponto de não perceber se está a falar com uma pessoa ou uma máquina.

Um dos objetivos é ainda lançarem-se numa expansão além-fronteiras. Com dois escritórios em Lisboa, têm quatro países, europeus e latino americanos, em cima da mesa para dar o primeiro passo na internacionalização. "Uma das preocupações que tivemos foi criar um sistema que fosse multi-país, multi-moeda e multi-língua. Vivendo numa Europa cada vez mais global e num mundo que anda a uma velocidade cada vez maior, não podemos ter negócios que estejam confinados a fronteiras", salienta, levantando um pouco mais o pano: "Já existem outras 'Caravelas' em pipeline".

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