Trabalhadores da distribuição vão fazer ações de luta em todas as empresas em junho

Ações de luta pretendem pressionar a associação empresarial a dar resposta às reivindicações dos trabalhadores.
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Os trabalhadores do setor da distribuição vão realizar ações de luta em todas as empresas ao longo do mês de junho, em defesa de melhores salários e carreiras, foi esta terça-feira decidido em plenário, em Lisboa.

Dirigentes e ativistas do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), estruturas sindicais das empresas de distribuição, reuniram-se em plenário nacional ao início da tarde e aprovaram uma resolução, na qual assumiram o compromisso de desenvolver ações de luta em todas as empresas do setor ao longo do próximo mês para pressionar a associação empresarial a dar resposta às reivindicações dos trabalhadores.

Após o encontro, os sindicalistas desfilaram até à sede da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), onde entregaram o seu documento reivindicativo.

"Os trabalhadores das empresas de distribuição exigem que a APED responda às suas reivindicações e desbloqueie as negociações, mas não aceitam mais desregulação dos horários de trabalho e a manutenção dos baixos salários, como a APED pretende", disse à agência Lusa Célia Lopes, da direção do CESP.

Segundo a sindicalista, a última reunião negocial entre o CESP e a APED realizou-se em 05 de maio, tendo a associação empresarial suspendido a reunião marcada para dia 26, sem dar resposta à proposta reivindicativa do sindicato.

"Os patrões continuam a insistir na introdução do regime de banco de horas para todos os trabalhadores e na manutenção dos baixos salários, mas o CESP continua a defender o aumento dos salários de todos os trabalhadores em 90 euros e a valorização das carreiras profissionais, bem como uma carreira para os operadores de armazém equiparada à dos trabalhadores das lojas", disse Célia Lopes.

De acordo com a dirigente, os trabalhadores deste setor estão a ganhar quase todos o salário mínimo desde 2019, não existindo praticamente diferenciação nas carreiras profissionais.

"Queremos contrariar isto", defendeu, considerando inaceitável a possibilidade de o topo da carreira ficar este ano nos 730 euros.

A secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, participou na concentração em frente à sede da APED.

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