Trabalhadores da Talaris receberam cartas para rescisão de contrato no fim de julho

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Os 37 trabalhadores da multinacional japonesa Talaris, detentora da única fábrica de produção de máquinas multibanco em Portugal, já receberam cartas de aviso para a rescisão do contrato no final de julho, disse hoje fonte sindical.

Paulo Ribeiro, dirigente do Sindicato das Indústrias Elétricas do Sul e Ilhas (SIESI), afirmou à agência Lusa que até 31 de maio todos os trabalhadores tinham já recebido o pré-aviso da rescisão de contrato, que se concretiza no fim de julho.

O dirigente adiantou que os trabalhadores dos escritórios da empresa, em Sintra, ficaram "dispensados de comparecer até essa data no local de trabalho", enquanto parte dos trabalhadores da fábrica em Torres Vedras viajaram para a China, onde estão a dar assistência técnica ao futuro fornecedor das máquinas multibanco (ATM).

Paulo Ribeiro disse também que a fábrica mantém a laboração, que deverá encerrar em agosto, em resultado do despedimento coletivo.

A multinacional da única fábrica da Europa a produzir caixas, que tem 200 trabalhadores espalhados pelo país, tenciona encerrar as instalações em Sintra e transferir para a fábrica de Torres Vedras a logística e as áreas de apoio, como a manutenção.

Contudo, pretende encerrar a linha de produção, que emprega 20 trabalhadores, e transferi-la para a China, e passar os departamentos de recursos humanos e o financeiro para Espanha. Com esta reestruturação, pretende avançar com um despedimento coletivo, dispensando 37 trabalhadores, parte dos quais da produção da fábrica.

Em abril, os trabalhadores e a empresa entraram em acordo em relação ao valor das indemnizações a receber que, segundo o SIESI, rondam os 1,2 milhões de euros.

A empresa, que foi adquirida em 2012 pela multinacional japonesa Glory, teve em 2011 um volume de negócios de 26 milhões de euros e 429 mil euros de resultados líquidos positivos, que em 2010 tinham sido de 1,4 milhões de euros.

Dos 834 ATM fabricados, 700 foram para o mercado externo. Em outubro, ganhou um concurso para assegurar o serviço para a Caixa Geral de Depósitos durante três a cinco anos.

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